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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Amor e traição, combinação possível?

Primeiramente, vamos definir tra-i-ção: Ato de trair alguém; Incapacidade de ser fiel a uma única pessoa ou a seus valores, ou a qualquer outra coisa; Saída simples para pessoas que não tem personalidade em dizer que não estão felizes com seus relacionamentos pessoais; "Pegar" uma mulher, mesmo estando comprometido com outra (ou vice-versa); felonia, deslealdade. Neste artigo tratarei especificamente da traição sob o contexto do relacionamento conjugal.

É muito provável que você já tenha ouvido a expressão "quem ama não trai", certo? De fato, a frase é impactante. Mas, quando falamos do dia a dia de um casal, saímos do mundo das letras e entramos na realidade. Assim, a pergunta é: quem ama não trai mesmo?

O ser humano é cheio de erros, falhas, e, como a própria Bíblia adverte, tem a carne fraca e é frequentemente tentado pelas coisas deste mundo. Se não vigiar, fatalmente cai.

Por isso, nem mesmo o amor -  por si só - não é capaz de impedir que um erro como a traição aconteça, caso a pessoa dê vazão ao que vê, se encante, cobice ou permita que os pensamentos nocivos ao seu relacionamento a dominem.

Inclinados ao erro
O tema traição é debatido com bastante frequência nos meios sociais. É importante que marido ou esposa saibam que são humanos e, portanto, inclinados ao erro. Um dos grandes equívocos cometidos pelos casais crente é o de pensarem que estão "blindados" e que nada pode atingi-los. Ledo engano. Todos os seres humanos, independente da fé que professam, são falhos, inclinados ao erro e tentados pelo proibido. E, dadas as circunstâncias apropriadas, irão provavelmente trair seu cônjuge. E, na "hora H", quando estiver fisgado pelos seus sentimentos e pela andrenalina, o "grande amor" não impedirá a traição.

Estamos todos condenados a trair, então? Não. É aí que devemos aprender o que o verdadeiro amor faz nessas situações. Quem ama, foge do mal e não confia na própria força.

Quem trai mais, o homem ou a mulher? Eis a questão
Pronto! Agora, a pergunta que não quer calar é a seguinte: Quem trai mais? O homem ou a mulher?
Normalmente os homens são apontados como os mais propensos a traírem suas parceiras. Porém, as coisas podem estar mudando com o passar de todos esses tempos, segundo uma pesquisas realizadas por sites de relacionamentos.
Segundo os estudos, quatro em cada 10 mulheres admitiram já terem vivido um caso extraconjugal, enquanto entre a ala masculina a porcentagem foi de apenas 12%. Além disso, 85% das entrevistadas confessaram que, ao pensarem em trair, consumaram o ato, sendo que a proporção foi exatamente inversa com os homens.

Traição na rede
Na época de nossos avós, a traição do marido era comum. “Coisa de homem”, diziam as mulheres, resignadas com a situação. Mas os tempos mudaram. As moças conquistaram espaço, atribuições e igualdade, e a política do “olho por olho” se tornou popular nos relacionamentos. Hoje, se a mulher não tem o que precisa dentro de casa, também vai procurar fora. É mais um dos reflexos da chamada "emancipação feminina".
Pelo menos é o que aponta um estudo do site Ohhtel.com, direcionado a pessoas comprometidas que desejam ter um caso (Não, você não leu errado!). Em pouco mais de dois meses de atividade no Brasil, o site já contava com 281 mil usuários, sendo mais de cem mil inscrições só de mulheres. E mais: a cada 17 segundos uma nova mulher em busca de relações extraconjugais entra nesta rede.
Mas o fato é que a traição tem agradado a ambos os sexos. Outra rede social também voltada ao tema, a Ashleymadison.com, recebe cerca de 3 mil inscrições por dia, totalizando 130 mil “traidores” apenas no Brasil. E só no Dia do Amante, comemorado na quinta-feira (22), registrou 6.867 novos usuários.
Estímulo e oportunidades não faltam, mas o que nos leva a trair? Com a ajuda de especialistas, o UOL Comportamento descobriu cinco gatilhos femininos e cinco masculinos que impulsionam à traição.
"Motivos" para traição
Há motivos para traição ou traição é simplesmente um dos reflexos do mau caratismo?
Sob a égide das pesquisas existem motivos que levam homens e mulheres traírem. Às pesquisas, então.
A mulher trai quando
1. Falta diálogo
2. Falta romantismo
3. Falta emoção na vida conjugal
4. Acúmulo de funções
5. Insatisfação pessoal
Características das mulheres que mais traem no Brasil
Idade média: 33
39% são executivas
59% são casadas e têm pelo menos um filho
52% são casadas há sete anos ou mais
36% traem por vingança
67% preferem homens mais velhos (entre 40 e 50 anos)
* Fonte: Site Ashleymadison.com
O homem trai quando
1. Falta sexo em casa - os homens costumam ser "criativos" na vida sexual e muitas mulheres se "assustam" com tais "criatividades".
2. Entrega-se à poligamia - têm caras que ainda defende o absurdo machista de que para o homens é "normal trair" - é o que vou chamar aqui de "síndrome de Catra" (referência ao bizarro funkeiro que é polígamo assumido e defende a prática como algo normal).
3. Há mais mulheres (e amantes) que homens
4. Falta ousadia na cama - lembra da "criatividade" masculina que citei anteriormente? Pois é!
5. Sente-se inseguro com sua virilidade (então vai "dar uma fora" para tirar dúvidas). Nesse ponto eu vou estender um pouquinho. Dar conta do recado é questão de honra para o homem. E, se ele já não se sente tão confiante, procura culpados para o problema. Quando são tomados pelo medo de falhar (leia-se broxar), muitos homens fazem o teste do "pula cerca", no intuito de averiguar se o problema é com ele ou em casa. Se sua companheira é de personalidade forte, o problema só se agrava. Ele sente que a mulher está muito competitiva, objetiva e determinada com o trabalho e as resoluções da vida do casal. Nesse momento, vai à busca de outra mais feminina, submissa, mansinha, para ele se sentir mais macho. Freud explica.

E a Bíblia, o que diz?


A infidelidade conjugal é um sério problema, e que compromete o futuro do casamento. Por isso, a igreja precisa aprender a lidar biblicamente com essa realidade. Não adianta tentar tapar o sou com a peneira. A traição, infelizmente, também acontece entre casais evangélicos com uma frequência que não pode ser ignorada. O pior é que a Igreja tem mostrado não ter  habilidade para tratar o assunto. Trago abaixo à respeito do conceito bíblico de infidelidade, bem como da sua abordagem, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Ao final, destaco encaminhamentos práticos a fim de evitar a infidelidade no casamento.

A infidelidade conjugal: definição bíblico-teológica
A infidelidade conjugal, no contexto bíblico, diz respeito ao ato sexual de uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. O termo mais específico para a infidelidade conjugal é adultério, tendo em vista que o ato sexual antes do casamento é reconhecido como fornicação. A palavra hebraica no Antigo Testamento para adultério é naaph, que aparecem em dois contextos distintos. No primeiro diz respeito à violação do relacionamento conjugal em que o esposo ou a esposa tem um envolvimento sexual com uma terceira parte. Essa palavra ocorre mais de trinta vezes, principalmente na literatura profética, para se referir ao adultério moral de Israel, seu distanciamento de Deus (Jr. 2.33; 7.9; 23.14; 29.23; Os. 4.2; Ml. 3.5). No Novo Testamento, a palavra grega para adultério é moichos, substantivo associado àqueles que se tornaram culpados em virtude da infidelidade conjugal (Lc. 18.11; I Co. 6.9; Hb. 13.4). Esse termo também é usado metaforicamente, para fazer referência às pessoas que traíram a Cristo, e se envolveram com o mundo (Tg. 4.4). Atrelado a essa palavra encontramos também o termo grego moicheia, que é o pecado físico do adultério (Mt. 15.19; Mc. 7.21; Jo. 8.3; Gl. 5.19). Na língua portuguesa, a palavra adultério vem do grego adulterium, que significa dormir em cama alheia. Mas é preciso ter cuidado para não confundir adultério – moicheia em grego, com imoralidade sexual – porneia em grego, tem a ver com fornicação, ou qualquer tipo de imoralidade sexual (Mt. 5.32).

A infidelidade conjugal no Antigo e no Novo TestamentosO adultério era terminantemente proibido no Antigo Testamento (Dt. 5.18), mais especificamente no Decálogo (Ex. 5.18). O pecado da infidelidade conjugal, ou mais precisamente, do adultério, era tão grave que a punição deveria ser com a morte (Lv. 20.10; Dt. 22.22). A recomendação rabínica era que a morte deveria acontecer por estrangulamento. Nos tempos de Jesus, a punição se dava por apedrejamento, e que os culpados deveriam ser pegos no ato do pecado (Jo. 8.5). O adultério era tido como um crime horrendo no Antigo Pacto (Jó. 31.11), por isso os profetas advertiram o povo de Israel quanto ao envolvimento nesse tipo de pecado (Pv. 2.17). O profeta Natan repreendeu o rei Davi por causa do seu pecado de adultério, seguido de homicídio (II Sm.  12.7), o qual orou a Deus, suplicando perdão (Sl. 51). Os livros sapienciais, com maior propriedade o de Provérbios, trazem instruções a fim de que o homem não se envolva em pecado de adultério (Pv. 6.29-32). A gravidade do adultério é percebida também na Bíblia porque esse pecado justifica o divórcio (Dt. 24.1; Mt. 19.9). Isso porque o adultério compromete os laços conjugais (I Co. 6.15-17; Hb. 13.4) concretizados no enlace matrimonial (Gn. 2.24). Para Jesus, o ato do adultério vai além do contato dos corpos, o olhar desejoso de um homem para um mulher, cometeu pecado em seu coração (Mt. 5.28). A prática constante do adultério pode resultar em apostasia, provocando esfriamento espiritual, e distanciando a pessoa de Cristo (I Co. 6.9,10). O caso de adultério – ou infidelidade conjugal – de Davi, anteriormente mencionado, revela algumas lições: 

1) Ninguém está imune à tentação, qualquer pessoa pode cair em adultério, até mesmo um guerreiro como Davi (I Sm. 18.7-8; I Co. 10.12); 
2) O melhor é permanecer no local planejado por Deus, não se distanciar dos Seus desígnios (I Sm. 11.1); 
3) Não se deve alimentar pensamentos pecaminosos, que incitem à concretização do adultério (II Sm. 11.2-5; I Co. 6.18); 
4) Não adianta acobertar o pecado da infidelidade, é preciso buscar arrependimento, e voltar-se para Deus (II Sm. 11.6-13); 
5) Nem tudo está perdido, Deus perdoa o pecado de adultério, e tem poder para restaurar o espírito quebrantado (I Co. 6.11; II Co. 5.17).

Recomendações práticas para evitar a infidelidade conjugal
Os cristãos estão sujeitos à infidelidade conjugal, por isso, devem fazer todo o possível para não caírem nesse pecado. As pessoas são diferentes, algumas delas são mais propensas à infidelidade conjugal, essas devem ter cuidado redobrado, estarem atentos aos seus limites (I Co. 10.12). O esposo deve permanecer ciente do seu compromisso com sua esposa, e deve tratá-la com amor, como Cristo se sacrificou pela Sua igreja (Ef. 5.25). É preciso estar atento às fragilidades emocionais, muitos casos de infidelidade conjugal acontecem porque um dos cônjuges se encontra emocionalmente fragilizado. Por isso, quando precisar de aconselhamento, não conte sua situação para uma pessoa do sexo oposto, mesmo que seja um colega de trabalho, ou da igreja. Mais importante que isso, antes de se envolver em um ato de infidelidade conjugal, calcule as consequências, geralmente são desastrosas, principalmente para a vida espiritual (Ap. 22.15). O marido e a esposa têm responsabilidades conjugais no casamento, inclusive em relação ao sexo. O relacionamento sexual, dentro do casamento, deve ser uma prática constante (I Co. 7.5). A partir do livro de Provérbios, que apresenta recomendações práticas a fim de evitar o adultério, extraímos alguns conselhos, particularmente com base em Pv. 2.16,17: 

1) Não se entregar às palavras lisonjeias, essa orientação serve tanto aos homens quanto às mulheres, pois a infidelidade conjugal começa com o uso de expressões elogiosas (Pv. 2.16), os lábios que conduzem ao adultério são perniciosos (Pv. 5.3; 6.24; 7.5, 21,23); 
2) Não se esqueça de que você é alguém comprometido, tanto com Deus quanto com seu cônjuge (Pv. 2.17). Os cônjuges, mesmo geograficamente distantes, estão unidos através dos laços conjugais. O marido ou mulher não podem trocar  as carícias de amor, por aqueles oferecidos nas ruas, ou outros ambientes pecaminosos (Pv. 7.10-12); 
3) Os cônjuges não estão ligados apenas por um contrato, mas por uma aliança, cujo fundamento é a Palavra de Deus (Pv. 2.17). O elo que firma essa aliança é o amor (Fp. 1.9), que deve ser cultivado no casamento cristão, e não pode ser rompido pelo fogo destruidor do adultério.

Conclusão
A traição, adultério e/ou infidelidade conjugal tem causado muitos estragos nos relacionamentos, até mesmo entre os cristãos. É preciso estar atento aos perigos do adultério, suas consequências são desastrosas para a vida do casal, inclusive para os filhos. Marido e mulher devem investir na relação, inclusive sexualmente, evitando, assim, a fragilização que pode conduzir ao pecado. Acima de tudo deve prevalecer o amor-ágape, que se sacrifica, e motiva à obediência (Jo. 14.21). O conselho que a Bíblia dá quanto à prostituição é fugir dela. Não adianta tentar dar uma de super crente, super santo, super ungido, super consagrado, super... TODOS somos tentados (e a tentação por si só NÃO configura pecado), consequentemente, todos estamos propensos iminentemente ao erro, à cair em tentação. Pensemos nisso.

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