“E disse-lhes [Jesus]: São estas as palavras que vos disse estando ainda
convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de
Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.”
Lucas 24:44
Falar sobre Jesus é algo delicioso. Mais delicioso ainda é
experimentar d’Ele, andar com Ele, tê-lO. Este é o primeiro de uma série de
estudos sobre o Mestre dos mestres. Para quem estiver lendo esse primeiro,
minha oração é que seja aguçada em ti uma incontrolável expectativa para quê eu
poste outros e mais outros. Afinal, o Senhor Jesus é o centro das Escrituras
Sagradas, e está presente em seu conteúdo, história e instituições, de maneira
direta e indireta.
O conteúdo do Antigo Testamento acerca da obra redentora de Deus, em Cristo, é
muito rico em detalhes e não se restringe às profecias. Os escritores do Novo
Testamento reconhecem a presença de Cristo na história da redenção, nas
instituições e nas festas sagradas do Antigo Testamento. Nessa primeira parte
da série, vamos ver onde Jesus presente de maneira indireta (profética) na
Antiga Aliança. Jesus já estava nos planos de Deus desde a queda do homem.
Entretanto, como sempre dentro dos princípios divinos, a revelação sobre Ele
foi dada gradativamente, no decorrer dos acontecimentos registrados de Gênesis
ao Apocalipse.
Figuras Proféticas
1. As prefigurações
A denominada “paixão de Cristo” foi prefigurada na
instituição da páscoa, no Egito (Êx 12:3-13). O cordeiro sacrificado
diariamente apontava para Cristo que padeceu durante a comemoração dessa grande
festa judaica (Lc 22:15), pois “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”
(1 Co 5:7). Os sofrimentos de Davi, descritos no Salmo 22, prefiguram os
vitupérios e flagelos de Jesus: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Sl
22:1; Mt 27:46; Mc 15:34).
2. A linguagem profética
Ao retornar do Egito, a sagrada família foi habitar em
Nazaré: “E chegou e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o
que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.” (Mt 2:23). O profeta
Jeremias, por exemplo, predisse que Jesus seria traído conforme lemos em Mateus
27:9. Examine as Escrituras e veja o que escreveu Zacarias no capítulo 11,
versos 12 e 13.
Os profetas, segundo podemos observar, eram harmônicos entre si, pois todos
eram inspirados por um único Espírito – o Espírito Santo de Deus.
Instituições Proféticas
1 Israel
Quando José, Maria e o menino Jesus retornaram do Egito,
depois da morte de Herodes, o Grande, Mateus registrou esse fato como o
cumprimento de uma profecia: “Do Egito chamei meu Filho” (Mt 2:15). Essa
passagem está em Oséias 11:1: “Quando Israel era menino, eu o amei; do Egito
chamei o meu filho”. Qualquer hebreu do mundo pré-cristão, ao ler essa
passagem, logo concluiria tratar-se da saída dos filhos de Israel do Egito, e
não estaria errado, pois o profeta está, de fato, referindo-se ao evento da
libertação do Egito. No entanto, vemos aqui também uma profecia messiânica. É
tudo uma questão de texto e contexto.
2. O tabernáculo
Representava a presença de Deus no meio do povo. Deus mandou
Moisés construir o tabernáculo, porque almejava habitar no meio dos filhos
de Israel: “E me farão um santuário, e habitarei NO MEIO DELES” (Êx 25:8). No
tabernáculo (Êxodo caps. 25 – 40) está a figura de Cristo: “E o Verbo se fez
carne e HABITOU ENTRE (NO MEIO DE) nós” (Jo 1:14). Não somente isso, mas cada
peça e utensílio do tabernáculo apontam igualmente para Cristo e sua obra
salvífica (Hb 9:8-10).
3. O sacerdócio
A ordem de Arão, também conhecida como
sacerdócio levítico, foi instituída por Moisés como o sistema sacerdotal dos
hebreus. Era o exercício do santo ministério no Antigo Testamento. A
consagração de Arão e o seu ministério prefiguram a obra de Cristo; isso está
muito claro na epístola aos Hebreus (5: 4,5). Já no Antigo Testamento, a
palavra profética anunciava a mudança no sistema sacerdotal (Jr 31:31-34); Hb
8:8-12) e a substituição do sacerdócio arônico pela ordem sacerdotal de
Melquisedeque (Sl 110:4; Hb 7:11, 17).
Por enquanto é só. Até o próximo artigo onde falarei um pouco mais sobre essa Pessoa
maravilhosa, o Autor e Consumador da minha fé, meu Senhor e Salvador Jesus
Cristo, o Nazareno. “Porque em nenhum outro há salvação, porque também debaixo
do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
Atos 4:12
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