Problemas relacionados ao orgasmo (ou à falta dele) masculino são sempre muito debatidos. Até mesmo por causa da postura machista que associa o "ser homem" com as "boas condições" do pênis e/ou com as "performances sexuais" que o cara desempenhe na alcova. Dessa forma, os detalhes referentes ao prazer da mulher nem sempre são expostos e, quando são, não é dada a importância e a ênfase necessárias. Mas isso vem mudando - ainda que a lentos passos - nos últimos tempos e os detalhes sobre o prazer sexual da mulher têm sido cada vez mais debatidos, expostos por especialistas na área.
A edição de hoje do Jornal Estado de Minas trouxe uma matéria interessantíssima sobre esse assunto, à qual transcrevo na íntegra abaixo.
Nem sempre a ausência de orgasmo é um problema psicológico
Nem sempre a ausência de orgasmo é um problema psicológico
Entre as causas físicas, está a compressão de determinados nervos
O que algumas mulheres passam a vida sem saber, a escritora Naomi Wolf levou 46 anos para descobrir. Compartilha em seu livro Vagina: uma biografia. Nele, ela conta como, apesar de apaixonada e com uma vida sexual ativa, ela, de repente, deixou de sentir o mesmo prazer que antes sentia. Lenta e progressivamente, ela perdia a sensibilidade. “Em geral, após os orgasmos, enxergava as cores como se estivessem mais brilhantes; e os detalhes da beleza do mundo natural apareciam com mais destaque e eram mais atraentes”, descreve o que sentia e deixou de sentir.
Ela estava com um problema na coluna, e algumas vértebras estavam comprimindo ramificações do nervo pélvico, aquele que termina justamente no canal vaginal. As ramificações direcionadas ao clitóris estavam intactas, o que permitia que, ali, ela ainda tivesse orgasmos. O doutor Jeffrey Cole, que a atendeu, explica à Revista do Correio: “Cada mulher tem uma formação diferente. Os nervos de algumas se ramificam mais na vagina, outras têm mais ramificações no clitóris. Algumas têm muitas ramificações no períneo ou no colo do útero. É isso que leva a diferenças na resposta sexual feminina”.
É assim que caem por terra as inúmeras receitas de como atingir o ponto G da mulher. Afinal, cada uma tem o seu. Questões sociais à parte, ao contrário do que se prega sobre motivos psicológicos para a mulher não ter orgasmo, existem também diversos motivos orgânicos para isso.
[Por: Renata Rusky - Revista do CB, via EM]
Um dos pilares em um relacionamento conjugal é o diálogo. É importante que maridos e esposas dialoguem sobre o assunto. O famoso bordão "foi bom pra você", por mais simples que possa parecer é bem relevante na vida sexual. Quando os cônjuges têm a preocupação um para com o outro, mostram um ao outro a importância da satisfação sexual mútua na relação. E é importante que haja sinceridade, pois, se o marido "não foi lá essas coisas" e a esposa não fala, ele pode continuar achando que "está podendo" e ela continuar não desfrutando de todas as delícias que uma relação sexual com qualidade - que absolutamente nada tem à ver com quantidade - pode proporcionar a ambos. E, senhores maridos, não se enganem, aquela famosa "rapidinha" de final de noite NÃO É o suficiente para satisfazer sua esposa.
Em suma, se houver algum problema, que tanto a esposa quanto o esposo exponha um ao outro em uma conversa franca. Não há nada de errado em que o casal ore e peça ao Senhor para "mandar fogo" no negócio, entretanto, tem coisa que não é só oração. Hoje a medicina já disponibiliza "recursos" que auxiliam à quem precisar na hora do sexo. O ideal seria se nós homens, tivéssemos a preocupação de visitar periodicamente um urologista - assim como as mulheres fazem com o ginecologista - para que pudéssemos saber como realmente está o andamento das coisas "entre nossas pernas". Cuidar bem do "mocinho" também é uma prova de amor, cuidado e preocupação com o bem estar da "patroa" e com o bom andamento do casamento.
Até o próximo artigo.
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