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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Há muito mais além de ser um músico

É muito interessante a gente observar o entusiasmo dos músicos cristãos. As palavras que proferem tais quais “meu dom foi Deus quem me deu então eu preciso fazer o melhor par Ele”. Essa frase feita – e todas as suas variáveis – são bonitas, românticas, mas nem sempre são espirituais. Para serem espirituais os frutos devem ser em espécie, ou seja, espirituais. Muitos pastores e líderes afirmam que lidar com músicos na igreja é algo muito difícil e é fácil entender por que. O músico cristão tem um grande inimigo em si próprio: o ego, que se não for morto, irá matá-lo.

O problema é que muitas vezes esses músicos não entendem que não se trata apenas da área musical, ou seja, não é apenas o exercício no ministério da música. De que adianta ser um músico por excelência e um cristão medíocre? Tocar e/ou cantar na igreja não autentica o cristianismo de ninguém. Há outras áreas, outros princípios que devem ser observados, praticados, exercitados pelo músico cristão. 

Há que se ter um caráter cristão. Não adianta apenas se aprimorar, qualificar-se tecnicamente, fazer investimentos em instrumentos caros e não ter uma integralmente depositada no altar do sacrifício. O que desejamos realmente, ser reconhecidos como músicos ou mover o coração do nosso Deus através da adoração?


Sabemos que algumas situações tendem a nos afastar do alvo, que é a presença de Deus, porém o que o Pai deseja de cada um de nós é compromisso, sinceridade, amor naquilo que fazemos para Ele. 


A música na Igreja tem a finalidade não só de alcançar corações que não conseguem, muitas vezes, entender uma mensagem falada, mas, primeiramente, essencialmente, em tocar o coração do seu alvo: o SENHOR.

Adorar a Deus não se limita apenas no momento em que estamos louvando na Igreja, mas ser um adorador filho de Deus vai muito além do altar. Não vou aqui ficar buscando definições para a adoração, pois acho que esse tema já explorado à exaustão. Vou ater-me aos músicos.


Muitos tem a concepção de que ser cristão é pegar a Bíblia em determinado horário e ir à Igreja. Mas será que durante todo o tempo, estamos na presença de Deus, adorando-o com nossas atitudes, pensar e agir? 

Sabemos que Ele está conosco todo o tempo, então, obviamente, a adoração e o culto a Ele deve ser em todo o tempo e contempla todas as coisas em todas as áreas da nossa vida [Efésios 1:12].

Obediência e Adoração, sob o contexto espiritual, são sinônimas. Tem uma história muito conhecida – usada, inclusive, como tema de ministração aos músicos – registrada no Antigo Testamento. Josafá, rei de Judá, foi um homem obediente ao Senhor, e mesmo no momento em que todos o consideravam um homem derrotado sendo ele um adorador verdadeiro, ele obedeceu ao Senhor, obteve a vitória e o Nome do Senhor foi glorificado, (2Cr 20:01-13).


Temos também o exemplo contrário de alguém que conhecia a Deus e estava bem próximo d’Ele e sabia exatamente como alegrar o seu coração, mas não o fez, preferiu entristecer o coração de Deus com sua desobediência e soberba a ponto de se achar capaz de tomar o lugar do único Deus, digno de toda a glória, honra e louvor, (Is 14:11-20) e vemos que o próprio Deus o derrubou, (Ez. 28:01-16).

Nada entristece mais o coração de Deus do que olhar para o altar e ver apenas um músico que quer ser reconhecido. Ora, a glória é de Deus, o reconhecimento vem de Deus que derrama sobre nós sua unção e graça, isto sim, deve ser notório em nossas vidas. Muito antes de ser bons músicos, é preciso ser amigos de Deus, então só assim será possível ao músico saber o que lhe agrada ou não.


Alguns tendem a serem apenas músicos, se preocupam com toda a técnica e apresentação, mas Deus não quer apenas isso, Ele quer muito mais de você, aliás, ELE QUER VOCÊ! Sua técnica e aprimoramento são apenas complementos, adornos externos. Ele quer o que vem do seu interior, Ele quer você como filho, como amigo e como um adorador!

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