Ads 468x60px

sexta-feira, 18 de julho de 2014

PESSOAS NOTÁVEIS: Chico Xavier, um homem, um mito

De início eu já vou logo dizendo que NÃO É o meu propósito debater as práticas doutrinárias de Chico Xavier. NÃO É o meu propósito entrar nos méritos ou deméritos do que ele cria e fazia. A crença é algo que está arraigada no ser de cada um de nós. É algo pessoal e intransferível. Eu posso discordar dos pontos doutrinários dele - aliás, eu posso discordar do que eu quiser, o que não quer dizer que minha discordância tenha o poder de suprimir convicções -, mas tenho o dever de respeitá-lo. Afinal, até o direito de não se crer em nada deve ser respeitado. Neste breve artigo vou falar sobre o homem, o ser humano Chico Xavier, um brasileiro notável, incomum e todo o legado que ele deixou. Sou crente em Jesus e tenho a Bíblia como minha regra de fé e prática. Minhas convicções e fé estão firmadas nas Sagradas Escrituras, entretanto isso não me impede - muito pelo contrário - de reconhecer a importância desse homem na história contemporânea do Brasil.


Em 2010 os espíritas de todo o país comemoraram, com amplo apoio da mídia televisiva e impressa, os 100 anos do nascimento deste que consideram o maior "médium" brasileiro. Em 2012, um programa de TV o elegeu, por meio da votação popular, "o maior brasileiro de todos os tempos". Podemos sem dúvida considerar o Sr. Francisco Cândido Xavier (1910-2002), mais conhecido como "Chico Xavier", uma das personalidades mais populares e também mais polêmicas da história recente do Brasil. 

O médium, cultuado em vida, ganhou, na comemoração de seus 100 anos, visibilidade de superstar e virou fenômeno de mídia, algo que nunca esteve entre suas pretensões. Se existe mesmo vida após a morte, Chico Xavier deve estar feliz: seu legado ultrapassa, hoje, as barreiras religiosas e ele é reconhecido como o maior líder espiritual que o Brasil já teve. O espantoso alcance da obra de Chico Xavier explica tamanha agitação em torno de seu centenário. Mesmo quem não acredita em reencarnação, respeita este homem que psicografou mais de 400 livros e doou os direitos autorais de todos eles a obras de caridade. Chico Xavier viveu em uma casa humilde e levou vida modesta. 

Em 2012, depois de vários meses de votações, finalmente foi escolhido O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, premiação oferecida pelo SBT. exibiu a final do programa que escolheu o maior brasileiro. O público escolheu o médium Chico Xavier como o maior brasileiro de todos os tempos, com 71,4% dos votos o ícone espírita passou a frente de Santos Dumont e a Princesa Isabel.

A primeira fase da votação contou com mais de um milhão de votos, que escolheu os 100 maiores brasileiros. Alguns nomes do “top 100” chegaram a virar piada na internet. Na ocasião chegamos a fazer uma enquete aqui no Minilua para saber a opinião dos leitores de quem deveria ser o maior brasileiro de todos os tempos, e o vencedor aqui no site foi Santos Dumont com mais de 1000 votos.

Chico Xavier sempre foi considerado um mensageiro do amor. Um homem sereno e humilde que tocou o espírito de seus seguidores. Com apenas 21 anos, psicografou o primeiro livro. Logo viriam mais publicações, os elogios, as polêmicas e as críticas. Durante toda a sua vida, ele teve que lidar com acusações e desconfianças dos descrentes na sua obra. Sua mensagem chegou a milhões de pessoas. Muitos são os relatos de vidas que se dizem transformadas através das suas palavras. 

Enfim, Chico Xavier foi uma pessoa incomum. Negar que ele foi um exemplo de altruísmo, de abnegação e de amor ao próximo é cometer uma enorme injustiça. Chico Xavier, foi-se a vida, ficou o mito eternizado pela história.


A Igreja como uma Instituição Organizacional está falida?

Neste artigo eu vou tratar de assunto polêmico e espinhoso. Aqui vale ressaltar o desconhecimento de grande parte dos que se denominam crentes para essa distinção. Muitos confundem Igreja Organismo [se é um organismo, é VIVO) com Igreja Organização. As frases "Eu sou a Igreja", "nós somos a Igreja", "Igreja não são paredes", "Templo não é Igreja" e outras semelhantes são ditas em uníssono por nós para defendermos uma concepção e atacarmos a outra, sem contudo – novamente –, um exame bíblico responsável. As duas concepções são claras e estão distintas na Bíblia. Façamos então uma análise de ambos:

A IGREJA COMO UM ORGANISMO – Esta igreja-organismo inclui todos os crentes-cristãos autênticos, chamados de todas as nações. Inclui todos os salvos em todas as épocas e lugares do planeta, estejam vivos ou mortos. Ao organismo é chamado: a) O Povo de Deus, para o qual Ele provê cuidados e proteção e ao qual mantém “como a menina dos olhos” – uma figura de linguagem que expressa esse cuidado e proteção, uma vez que a menina dos olhos (a Iris ocular, órgão fundamental e extremamente frágil no processo da visão – Dt. 32:10; b) O Corpo de Cristo – Cl 1:18; c) O Templo do Espírito Santo – 1Co 12:13, 6:19, 20; Jerusalém de Cima, Nova Jerusalém ou Jerusalém Celestial – Gl 4:26; Hb 12:22; Ap 21:2; Coluna ou Baluarte da Verdade – 1Tm 3:15. Em 1 Pe ainda tem registrado outros nomes pelos quais essa Igreja Organismo é chamada: Nação Santa, Raça Eleita e Povo Escolhido de Deus.

A IGREJA COMO ORGANIZAÇÃO OU INSTITUIÇÃO – A Igreja como organização é composta destas denominações ou grupos, cada uma com suas particularidades e características próprias quanto a esta organização ou instituição (no que tange aos usos e costumes). Dentre estas características próprias encontra-se o governo da Igreja. Portanto, a Igreja Organização é necessária para reunião da Igreja Organismo aqui nessa terra, para congregar em locais específicos grupos de cristãos com o objetivo de culto, adoração, louvor, ensino, serviço e ajuda social e além disso, intervindo nas comunidades diversas com sua solidariedade, fraternidade e amor cristãos. Os templos, salões, casas ou demais locais físicos, dessa forma, não são nada mais que locais de encontro, adoração e edificação. Sua utilidade e relevância não devem ser negligenciadas por ser essa uma estratégia do Espírito Santo para a expansão e propagação do Evangelho de Cristo nessa terra desde os dias dos primeiros cristãos. Uma leitura responsável e atenta de Atos dos Apóstolos, bem como sua vinculação e concordância a todo NT revelará essa verdade. A Igreja organizada é a expressão visível da Igreja de Cristo (Invisível), revelando-se ao mundo como a Embaixadora de Deus e proclamadora de Sua Verdade. Em resumo, a Igreja Instituição é a estratégia de Organização da Igreja Organismo.

O perigo de ser Igreja

O livro de Atos começa nos mostrando a cena de Jesus em seus últimos segundos aqui na terra e sua ascensão. E quando já não dava para vê-lO nas alturas, os discípulos ainda continuaram com olhos fixos. Uma igreja contemplativa (At 1:8-10). Como podemos encarar o fato de vivermos distantes de Jesus? Só ele ensinava com ousadia, só ele foi perfeito, só ele quebrou tabus religiosos a fim de convergir todos a Deus. Podemos encarar isso como algo positivo? Se com a presença de Jesus os discípulos vacilaram, imagine agora com Jesus “longe”.

Devemos entender que agora a missão é nossa. Que ele veio para cumprir a sua, subiu para que cumpramos a nossa, pois está escrito: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.” Jo 17:18 Você parou para pensar que a mais vaga ideia de como Jesus era, está do nosso lado? Sim, nosso irmão na fé é um exemplo de quem era, de como agiria, de como pensaria, de como falaria o nosso Senhor Jesus. Daí, você olha para mim e eu olho para você e dizemos: “Jesus era melhor o Senhor ter ficado na terra, pois este meu irmão não tem santidade para lhe representar.” Por conhecermos nossa humanidade, inconscientemente queremos que Deus concorde conosco que fulano e cicrano não lhe podem representar fielmente. Jesus sabia que corria esse perigo. E a história mostra que homens que carregavam o titulo de servos de Deus, tiveram a chance de “sujar a imagem e o nome” de Jesus, vejamos alguns exemplos.:

APARTHEID – O apartheid foi um regime de segregação racial adotado pelo PN em 1948. Neste regime foi institucionalizada a prática do preconceito racial. E sua base estava nas leis de identificação de raça, a partir dos 18 anos os jovens eram avaliados e identificados segundo sua cor. Neste sistema era proibida a interação de pessoas de raças diferentes, era proibido o casamento com pessoas de outra “raça” e as regiões eram geograficamente separadas por “etnias”. Daniel François Malan, foi um político sul africano que implantou o apartheid (separação), ele era um clérigo da Igreja Reformada Holandesa e usou tal desculpa: “A política da segregação racial se baseia nos princípios cristãos do que é justo e razoável. Seu objetivo é a manutenção e a proteção da população europeia do país como uma raça branca pura e a manutenção e a proteção dos grupos raciais indígenas como comunidades separadas em suas próprias áreas (...) Ou seguimos o curso da igualdade, o que no final significará o suicídio da raça branca ou tomamos o curso da segregação.”

CRUZADAS –“No dia 27 de novembro de 1095, o papa Urbano II fez um comício ao ar livre nas cercanias da cidade de Clermont, na França. No discurso, o papa tentou convencer os espectadores a embarcar numa missão que parecia impossível: cruzar 3 mil quilômetros até a cidade santa de Jerusalém e expulsar os muçulmanos, que dominavam o lugar desde 638. Segundo os historiadores, Urbano II deve ter usado uma linguagem vibrante e provavelmente falou dos horrores que os peregrinos cristãos à Terra Santa estavam vivendo. Do alto de sua autoridade divina de substituto de São Pedro na Igreja, o papa prometeu: ‘quem lutasse contra os infiéis ganharia perdão de todos os pecados e lugar garantido no paraíso’. Um prêmio tentador no imaginário do homem cristão medieval, sempre atormentado pela ameaça de queimar no inferno.”

O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.

A Igreja no presente

Não quis citar aqueles que “aprontaram” e cujos registros estão nas Sagradas Escrituras, tanto no Novo, quanto no Antigo Testamento para ser mais atual. A imagem de Jesus é muitas vezes ofuscada pelo racismo, pela intolerância e pelo legalismo. O risco de sua reputação foi confiado a nós. Sim, Deus confiou sua imagem a nós. Confiou sua igreja sobre uma pedra, que o negou. Confiou a divulgação do seu reino a pessoas como nós. Um romancista chamado: Flannery O’ Connor respondeu a uma carta de um leitor que estava se queixando da igreja, usando as seguintes palavras: “...o que parece que você realmente está exigindo é que a igreja coloque o reino do céu na terra aqui e agora.(...). Você está pedindo que todo homem retorne imediatamente ao estado em que Deus o criou,(...). Isso é impossível!” A pedra pela qual Cristo fundaria sua igreja vacilou na hora “h”, negando a Jesus e não pude ao menos andar sobre as águas. Quando olhamos para igreja, com criticas e mais críticas em síntese o que estamos reivindicando é a perfeição imediata e que os outros andem sobre as águas sem vacilar. Creio que posso concluir este primeiro ponto, lembrando o que Paulo disse aos Corintos: “ Temos, porém, este tesouro em vasos de barro [indicando dependência, fragilidade, limitação], para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” 2 Co 4:7

O que pode se esperar da igreja? Olhemos para o espelho. Julguemos menos, paremos de contemplemos o perfeito, o futuro, o que pode ser e TRABALHEMOS, LANCEMOS MÃO AO ARADO, POIS A CEARA AINDA É EXTENSA.

4 Ideias equivocas sobre a instituição igreja

1º A Instituição NÃO É o Reino de Deus – Muitos acham que o rol de membros da sua igreja é o Livro da Vida. Está na [“minha” (engraçado, pensei que a Igreja fosse de Cristo”)] igreja é salvo. No início da história da igreja, havia uma supervalorização da instituição. Um dos considerados pais da igreja, São Cipriano, chegava a dizer que: “Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe”. Muitos acham que os salvos de Deus não estão na universal (e, por favor, aqui NÃO me refiro à denominação liderada pelo Bispo Edir Macedo) e sim no catolicismo... Já tive a experiência de conversar com homens de diversas denominações que expurgam toda prática herética, homens e mulheres que oram incessantemente, leem a Bíblia e acreditam que não há outro mediador não ser Jesus. Estas pessoas pela idade avançada insistem em permanecer em suas denominações, pois acreditam que lá podem fazer a diferença. O que dizer? Salvação eficaz só acontece sob o prisma da Reforma Protestante?

2º A Instituição NÃO É uma comunidade assistencialista – "Eu quero agito nas dioceses, que vocês saiam às ruas. Eu quero que a Igreja vá para as ruas, eu quero que nós nos defendamos de toda acomodação, imobilidade, clericalismo. Se a Igreja não sai às ruas, se converte em uma ONG ‘piedosa’. A igreja não pode ser uma ONG." Papa Francisco. Nossas igrejas não tem o papel de ONG. Muitas de nossas igrejas pensam que estão fazendo muito pelo reino por assistir ao necessitado. Com isso, criamos parasitas e mercadejamos a fé. Certo cara, foi uma tarde em determinada igreja procurar ajuda e ele começou a contar que estava saindo da cadeia, não tinha emprego, tinha uma família para cuidar e tudo o que ele queria era dinheiro para comprar o gás. Só que no meio de seu discurso ele soltou: “Se vocês puderem me ajudar, eu prometo que venho para o culto.” Esse fato pode ter variantes circunstanciais, mas certamente é comum em igrejas Brasil afora. O problema é quando alguém aceita essa “barganha evangelística” e cai nesse papo. 9 em cada 10 vezes a pessoa só retorna à igreja quando ela precisar novamente de ajuda material (isso quando volta). A resposta correta a se dar nesses casos é curta e grossa: “Nós o ajudaremos mas não estamos pedindo que você freqüente essa igreja. Vamos ajudá-lo porque assim Jesus faria.” Deixando isso bem claro, aí pode-se entrar com o evangelismo e informá-lo que é necessário que ele nasça de novo. Devemos fazer, ajudar sem criar correntes assistencialistas. Senão daqui a pouco já estaremos criando a “Bolsa Salvação”.

3º A instituição NÃO É um centro de entretenimento – Estamos acostumados a fazer programas e mais programas. Estamos exaustos de igreja. Exaustos de pessoas chatas e inconvenientes. Estamos cansados de ser líder. Entra diretoria, sai diretoria e todos querem fazer o novo e todos querem surpreender. Todos têm uma “nova visão de Deus(?)”. Entra ano e sai ano o que vemos são líderes frustrados, revoltados por não vêem evolução na vida espiritual das igrejas [aqui, Organização) pelas quais são os responsáveis. Trabalham um ano inteiro e fazem programações atrativas e com cenografias impecáveis. Mas, isso não é o suficiente, ou melhor, na verdade, descobrem que, apesar dos (muitas vezes altíssimos) investimentos, isso não era, não é, nunca foi e nunca será necessário para o crescimento da igreja. Que tal se simplesmente evangelizassem? O cristianismo é simples e ponto. Não depende de pirotecnias. Não precisa de “ajudinhas”, “empurrõezinhos”. Não devemos nos esconder atrás da desculpa de “que o mundo oferece é mais atrativos”, pois assim nunca vamos crescer espiritualmente. Por exemplo, uma reunião de jovem com cara de velório “é um pecado”. Reunião de jovem sem brincadeiras, sem descontração é como que guardar nossa maior arma de cativar corações, mas as brincadeiras não podem ser a nossa espinha dorsal. As descontrações não podem ser nossa mola motriz.

4º A instituição não pode ser a contemporânea – Precisamos conhecer nossa sociedade, o tempo e os costumes. Pegamos textos como o de Romanos 12:1,2 que diz: “Não vos conformeis com este século (...).” Texto de 1 Pedro 1:16 que também diz: “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”, e vivemos alienados. Mas e os textos: “Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração (contemporaneidade), conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção.” Atos 13:36; “Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração (contemporaneidade)” Atos 17:27, 28? Os ignoraremos? O apostolo Paulo cita o filósofo Epimênedes acerca de Zeus: “Os cretenses, sempre mentirosos, bestas más, ventres preguiçosos, forjaram uma tumba para ti, oh santo e elevado. Mas tu não estás morto. Tu vives e permanece para sempre. Porque em ti vivemos, nos movemos e temos nosso ser”. E, na pregação de Atenas, além de citar Epimênedes, Paulo cita Arato: “Comecemos com Zeus. Nunca deixemos de mencioná-lo, oh mortais! Todos os caminhos e todos os locais onde os homens se reúnem estão plenos de Zeus. Em todos os nossos assuntos temos que ver Zeus, porque somos também sua geração.” Durante a reforma protestante, os reformadores continuaram dando às artes um lugar de destaque. Veja Calvino: “Que mui excelentes dons do Espírito Divino são estes, que, para o bem comum do gênero humano, dispensa a quem quer [...]. Se o Senhor nos quis deste modo ajudados pela obra e ministério dos ímpios na física, na dialética, na matemática e nas demais áreas do saber, façamos uso destas para que não soframos o justo castigo de nossa displicência, se negligenciarmos as dádivas de Deus nela graciosamente oferecidas”.

Ainda comentando o livro de Êxodo 31.1-5, João Calvino afirma: “Todas as artes emanam dEle, e, portanto, devem ser reconhecidas como invenções divinas [...] portanto, devemos concluir que qualquer habilidade possuída por qualquer pessoa emana de uma única fonte, e é conferida por Deus”. Quais são os meios que usamos para alcançar o mundo contemporâneo? Resposta: A mensagem é santa, o método não. Se pra conquistar o direito de ser ouvido eu devo cantar Legião Urbana ou Bob Marley, esse é o meio. Se pra conquistar o direito de ser ouvido eu devo ficar nos pontos de prostituição, esse é o meio. Paulo usou os poetas da época. Paulo usou poemas que expressavam reverência a Zeus e os aplicou na sua pregação, isso é criar pontes, isso é ter sabedoria para conquistar o direito de ser ouvido. Caiamos na real, o meio é importante, mas não é mais importante que o fim. Nosso fim deve ser pessoas, almas, corações. Mas não usem da graça ou desse artigo para chegar na igreja e começar a antiga e infantil discussão do certo e errado. É lógico, que devo respeitar o contexto onde vivo. Se o nosso fim são as pessoas, o Espírito nos conduzirá nos caminhos dEle.

Igreja, uma instituição falida... Será?!

Hoje se fala muito na falência da igreja, mas de qual igreja estão falando? Estão falando da Instituição que costumeiramente chamamos de igreja, ou da igreja de Cristo fundada e instituída por Ele, quando Ele diz que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela , de qual igreja Cristo estava falando? Porventura Jesus estava falando da igreja visível, que chamo de Instituição, ou da igreja invisível, da qual todos os que creem e professam seu nome, fazem parte? A Igreja invisível é do Senhor e ela NUNCA ACABARÁ. Agora a institucional precisa rever seus conceitos e caminhos, caso contrário degringolará ladeira abaixo.

Reflitamos: Como parte do organismo, o que faço para ver o sucesso da igreja institucional?Você saberia dizer quais os motivos que justificam o seu ingresso ou permanência em uma igreja "evangélica"? 

A igreja deveria estar a serviço do Reino de Deus, mas hoje em dia, com raras exceções, tem servido a outros "senhores", a interesses completamente opostos ao Evangelho. A igreja deveria servir ao próximo, servir para promover vida, porém, é inegável que muitos têm feito da "casa de oração" um "covil de ladrões". Então, quais os motivos pelos quais você continua na igreja?

Em face desse estado de coisas, muitos acham que é possível ser crente em casa, no conforto do lar, sem envolvimento com o Corpo de Cristo. Afirmam que o importante é a sua relação com Deus e não com a igreja. 

Dizem que a igreja é uma instituição falida, hipócrita e que preferem não ter compromisso com apenas uma denominação e todos os seus defeitos, mas freqüentar várias igrejas para tirar o que cada uma tem de melhor. Afirmam ainda que são “de Cristo” e isto basta.

Na década 90, houve uma proliferação de congressos e cruzeiros de "pregadores famosos". Cada entidade ou denominação realizava seu evento em hotéis de luxo, balneários e estâncias hidrominerais, fora as viagens em aviões fretados para Israel, batismo no rio Jordão e outras coisas mais. Pouco a pouco, os congressos acabaram ou perderam impacto. Quando passou essa febre, sobrou pouca gente. Eram os "crentes de congresso". 

Somos uma geração que detesta compromisso. É muito mais fácil entrar no estádio, ficar na arquibancada falando mal do técnico e depois ir embora para casa, do que estar efetivamente envolvido no processo. É mais fácil falar mal da igreja, apontar erros, mesmo que existentes, e praticar o denuncismo vazio, do que se envolver na obra. 

A igreja é uma instituição divina e como tal, não pode estar falida. É como o casamento: embora a sociedade o ridicularize e diga que é uma instituição falida, somos obrigados, como pessoas de fé, a nos levantar e bradar que falidos estamos nós, por causa do nosso orgulho, egoísmo e hedonismo. O problema não é com o casamento, é com os casados. 

A igreja não é uma mera instituição religiosa. Não é composta de convenções, sedes, organizações jurídicas ou redes de franquias. A igreja somos nós. Por isso, não adianta falar da igreja como se fosse uma entidade, uma terceira pessoa. Esse conceito de que posso ser cristão à margem deste processo é falsa. Se sou realmente cristão, estou envolvido diretamente com a coisa toda. Jesus ensinou que quem não quer compromisso na terra, não pode ter compromisso no céu. Você não precisa ser membro de uma igreja para ser salvo: para isto basta crer no Senhor Jesus. Porém, a regra é clara: se você já é salvo pelo sangue do Cordeiro, precisa estar em comunhão com uma igreja local. Caso contrário, sua comunhão com Deus estará interrompida. Ser ligado na terra é estar em comunhão com o corpo de Cristo. Foi o que ele disse quando afirmou “o que ligardes na terra será ligado no céu e o que desligardes na terra será desligado no céu”. (Mateus 18.18). 

Muita gente diz que para se relacionar bem com Deus não é preciso fazer parte de uma igreja, que isso é secundário, que o que importa é a sua devoção pessoal. Não! Segundo este versículo, esta é uma situação impossível. Quem está em comunhão com Deus necessariamente precisa estar em comunhão com seus irmãos. E a prática comprova a teoria. Quem diz esse tipo de coisa, invariavelmente não está nada bem com Deus. Usa isso como desculpa para justificar sua falta de compromisso. O que o apóstolo João disse sobre o amor é válido também para a comunhão: se você não ama a seu irmão a quem você vê, como pode amar a Deus a quem você não vê? (I João 4:20).

Apesar da integridade e moral duvidosa de muitas "lideranças", a despeito da zombaria e escárnio que se tem feito usando o nome de Deus, mesmo com todos os erros, mesmo com a perda da identidade de muitas igrejas, Jesus não desistiu delas! 

É só prestar atenção ao seu redor. Ainda há conversões genuínas, ainda existe cura para o doente, ainda existe um povo que não retrocede na sua esperança, que sabe que é de Deus, e por ser de Deus não desiste nunca. Aliás, nós não desistimos, porque Ele não desistiu, e prometeu que onde estiverem dois ou três reunidos em Seu Nome, Ele ali estará. 

É muito cômoda a posição de “usuário”. Você vai à igreja “a” por causa do louvor, à igreja “b” por causa dos estudos bíblicos, à igreja “c” porque a reunião de oração é muito boa. Só que você se esquece de que a igreja “a” só tem um louvor bom e inspirador porque um grupo de irmãos comprometidos está ensaiando o domingo inteiro enquanto você assiste TV ou está em alguma atividade de lazer. 

A igreja “b” tem bons estudos bíblicos porque pastores e mestres gastam horas em cima de um texto, pesquisando ou lendo comentários enquanto você se esparrama no sofá para assistir o seu programa favorito. 

Se todo mundo pensar que pode viver uma vida espiritual pulando de galho em galho, ao bel prazer de suas preferências pessoais, não sobrará ninguém para realizar a obra. 

Esses são os parasitas que vivem na periferia da fé: são como ciganos ou hippies, que criticam o sistema para não assumir responsabilidades, mas usufruem de todos os benefícios que esse mesmo sistema lhes oferece. Não que o sistema seja perfeito e não tenha suas injustiças. É que eles mesmos não estão dispostos a mover uma palha para ajudar a melhorar as coisas. 

Virou moda, agora, criticar a igreja e depois sair para comunidades liberais, descomprometidas com uma caminhada de responsabilidades recíprocas. Em geral, essa atitude é gerada por pessoas que cometem seus deslizes e depois recusam a submeter-se ao devido tratamento. 

Assumem a postura hipócrita de “se alguém nunca errou que atire a primeira pedra”, como se isso justificasse seus próprios erros. Erram quando tentam defender uma graça que aceita tudo, perdoa tudo, restaura tudo. Esta não é a graça da Bíblia. 

O amor de Deus é incondicional, mas o seu perdão não. Para ser perdoado, o pecador precisa aceitar os termos que Deus estabelece. Não há perdão de pecado sem confissão e arrependimento. 

E o que é mais grave: tem muita gente querendo que a igreja alise seus pecados, engula seus podres e passe por cima deles, sem passar pelo processo necessário para sua restauração. 

É hora de rever em que tipo de Evangelho cremos e se estamos nele vivendo, já que disso depende a mensagem que pregamos o que, por sua vez, vai determinar o tipo de “crentes” que vamos ter em nossas igrejas. 

Saia da letargia espiritual, da periferia da fé, do comodismo fútil e da religiosidade vazia. Deixe de ser morno em relação às coisas espirituais! Mergulhe no oceano do Espírito, permitindo que o poder de Deus flua através de todo o seu ser, produzindo frutos que saltem para a vida eterna!

domingo, 13 de julho de 2014

Regeneração: porque necessário nos é nascer de novo!

Neste artigo vou falar um pouco sobre a doutrina da regeneração (ou do novo nascimento), uma das bases mestras do Cristianismo, com base na passagem de João 3:1-15.

Nicodemos, quando foi até Jesus numa noite, não estava esperando um milagre. Não estava procurando a razão do cristianismo. Ele pensou que estava fazendo tudo certo. Afinal era membro do Sinédrio, o conselho que regia os judeus. Ele desconhecia qualquer necessidade em particular, mas foi atraído pela simplicidade, pela lógica e novidade dos ensinamentos de Jesus. Ele contava com uma estimulante discussão de questões teológicas. Mas Jesus, desde o início, colocou o dedo na verdadeira necessidade do seu visitante: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (3:3).

E Nicodemos quis saber: "Como pode um homem nascer de novo?" Jesus não respondeu necessariamente qual era o novo nascimento nem disse em que lugar isso deveria ocorrer. "Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai: assim é todo aquele que é nascido do Espírito" (3:7,8). Apesar de se dirigir à Nicodemus, Jesus não falou especificamente a ele. Ele estava falando com todos nós quando disse isso. Nicodemos não era um caso especial. Você e eu precisamos nascer novamente, ou não veremos o reino de Deus. Isso significa que nós não seremos salvos, não seremos parte da família de Deus, não iremos para o céu, mas para o inferno. Este tema nunca deve ser tirado da pauta das pregações, das ministrações, pois é central. A eternidade está em questão quando se fala sobre o novo nascimento. 

O novo nascimento é desconfortável
A pergunta que sempre se faz é: O que acontece no novo nascimento? Antes de tentar responder essa pergunta, deixe-me mencionar uma profunda preocupação que tenho sobre a maneira que esta mensagem será entendida. Estou ciente de que essa mensagem pode ser desconfortável para muitos de nós - assim como as palavras de Jesus são desconfortáveis para nós vez após vez, se as levamos a sério. Existem pelo menos três razões pra isso: 

1) Por causa da nossa condição sem esperança
O ensinamento de Jesus sobre o novo nascimento nos confronta com nossa condição sem esperança espiritual, moral e legal, à parte da graça regeneradora de Deus. Antes de o novo nascimento ocorrer para nós, estamos espiritualmente mortos. Somos moralmente egoístas e rebeldes. Somos legalmente culpados perante a lei de Deus e estamos debaixo de Sua ira. Quando Jesus nos diz que devemos nascer de novo, Ele está dizendo que o nosso presente estado é desesperadamente irresponsável, corrupto e culpado. A não ser pela maravilhosa graça em nossas vidas, nós não gostamos de ouvir essas coisas sobre nós mesmos. Então é desconfortável quando Jesus diz que devemos nascer de novo. 

2) Porque nós não podemos causar o novo nascimento
Ensinar sobre o novo nascimento é desconfortável porque isso envolve algo que é feito em nós, não algo que nós [ou outro] fazemos. João 1:13 enfatiza isso. Refere-se aos filhos de Deus como àqueles que “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus". Pedro expõe a mesma coisa "bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança. (1 Pe 20:1-3)". Nós não causamos o novo nascimento. Deus causa o novo nascimento. Qualquer coisa de bom que fazemos é resultado do novo nascimento, não a causa dele. Isso significa que o novo nascimento está fora do nosso próprio alcance. Está fora do nosso controle. E isso confronta nossa inutilidade e nossa absoluta dependência de Alguém que não nós mesmos. Isso é desconfortável. Ele nos diz que não veremos o reino de Deus se não nascermos de novo. E nos diz, ainda, que não podemos nascer de novo por nós mesmos. Isso incomoda. 

3) Porque a liberdade absoluta de Deus nos confronta
Então, a terceira razão porque o ensino de Jesus sobre o novo nascimento incomoda, é porque nos confronta com a absoluta liberdade de Deus. A não ser por Deus, estamos espiritualmente mortos no nosso egoísmo e rebeldia. Somos filhos da ira por natureza (Efésios 2.3). Nossa rebeldia é tão profunda que não perceber ou desejar a glória de Cristo no evangelho (2 Coríntios 4.4). Portanto, se nascemos de novo, isso é baseado decisivamente e em ultima instância por Deus. A decisão dEle de nos dar vida não será uma resposta ao que nós espiritualmente fizemos, mas o que nós fazemos será a resposta por Ele nos ter dado vida. Para a maioria das pessoas, pelo menos inicialmente, isso é desconfortável. Mas, entenda, caríssimo leitor, minha esperança é que esse artigo não somente incomode, mas acalme e salvo. 

O que acontece no novo nascimento?
Vamos tratar agora dessa questão: o que acontece no novo nascimento? Tentarei responder em três itens. 1) O que acontece no novo nascimento não é admitir uma nova religião, mas receber uma nova vida, 2) O que acontece no novo nascimento não é meramente afirmar o sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo, 3) O que acontece no novo nascimento não é o melhoramento da sua antiga natureza humana, mas a criação de uma nova natureza humana (uma natureza que é verdadeiramente você, é perdoada e purificada, é realmente nova e está sendo formada pela habitação do Espírito de Deus. Vamos ver um ponto de cada vez.

1) Nova vida, não nova religião
O que acontece no novo nascimento não é admitir uma nova religião, mas receber uma nova vida. Leia comigo os três primeiros versos de João 3: “Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” João faz questão de deixar claro que Nicodemos é um fariseu, poderoso entre os Judeus. Os fariseus eram o grupo mais religiosamente rigoroso dentre todos os grupos judaicos. A esse fariseu, Jesus disse (no verso 3), "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". E ainda mais pessoalmente no verso 7: "Necessário vos é nascer de novo." Logo, um dos pontos de João é: Toda a religião de Nicodemos, todo o seu maravilhoso estudo, disciplina e legalismo farisaicos não suprem a necessidade do novo nascimento. Na verdade, eles podem muito bem evidenciar a necessidade do novo nascimento. 

O que Nicodemos precisava, e que você e eu precisamos, não é religião, mas vida. O motivo de referir-se a novo nascimento é porque nascimento traz nova vida ao mundo. Em um sentido, claramente, Nicodemos está vivo. Ele está respirando, pensando, sentindo, agindo. Ele é humano, criado à imagem de Deus. Mas evidentemente, Jesus pensa que ele está morto. Não existe vida espiritual em Nicodemos. Espiritualmente, ele não nasceu. Ele precisa de vida, não mais atividades religiosas ou zelo. Disso ele já tem muito. 

Você se lembra do que Jesus disse em Lucas 9.60 ao homem que queria adiar segui-lO para poder enterrar o seu próprio pai? Jesus disse: "Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus". Isso significa que existem pessoas fisicamente mortas que precisam ser enterradas. E existem pessoas espiritualmente mortas que podem enterrá-las. Em outras palavras, Jesus pensou em termos de pessoas que andam por aí com aparência de muita vida, e que estão mortas. Na parábola do filho pródigo, o pai diz: "porque este meu filho estava morto, e reviveu". (Lucas 15:24)

Nicodemos não precisava de religião. Ele precisava de vida, vida espiritual. O que acontece no novo nascimento é que vida passa a existir onde não existia antes. Nova vida acontece no novo nascimento. Isso não é atividade religiosa, disciplina ou decisão. Isso é a vida passando a existir. Esse é o primeiro modo de descrever o que acontece no novo nascimento. 

2) Experimentando o sobrenatural, e não somente o afirmando
O que acontece no novo nascimento não é a mera afirmação do sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. No verso 2, Nicodemos diz "Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele". E, outras palavras, Nicodemos vê em Jesus uma genuína atividade divina. Ele admite que Jesus viera da parte de Deus. Jesus faz as obras de Deus. A isso, Jesus não responde: "quem dera todos na Palestina vissem a verdade que você vê em mim". Ao invés disso, Ele disse: "se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". 

Vendo sinais e maravilhas, e se maravilhando com eles, e dando o devido crédito da operação de milagres a Deus, isso não salva ninguém. Esse é um dos maiores perigos dos sinais e maravilhas: você não precisa de um novo coração para se maravilhar com eles. A velha e caída natureza humana é tudo o que é necessário para se maravilhar com sinais e milagres. E essa velha e caída natureza humana quer reconhecer que o operador de milagres é da parte de Deus. O próprio diabo sabe que Jesus é o filho de Deus e opera milagres (Marcos 1:24). Não, Nicodemos, ver-me como um operador de milagres enviado por Deus não é a chave para o reino de Deus. "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". 

Em outras palavras, o que importa não é meramente afirmar o sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. O novo nascimento é sobrenatural, não natural. Ele não pode ser calculado por coisas que já são encontradas neste mundo. O verso 6 enfatiza a natureza sobrenatural do novo nascimento: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito". A carne é o que somos. O Espírito de Deus é a pessoa sobrenatural que traz o novo nascimento. Jesus diz novamente no versículo 8: "o vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". O Espírito de Deus não é parte deste mundo natural. Ele está acima dessa natureza. Ele é sobrenatural. De fato, Ele é Deus. Ele é a causa imediata do novo nascimento. 

Então, Nicodemos - disse Jesus - o que acontece no novo nascimento não é meramente afirmar o sobrenatural em mim, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. Você precisa nascer de novo. E não de maneira metafórica, mas de modo sobrenatural. O Espírito Santo de Deus precisa vir sobre você e trazer nova vida à existência. 

Nascer da água e do Espírito
Nascer da água é o mesmo que nascer da palavra: Jesus é o Verbo de Deus, ou seja, a Palavra encarnada (João 1:14). Sobre este aspecto Paulo escreveu: “Para santificá-la, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra...” (Efésios 5:26) “Se alguém tem sede, vem a mim e beba” (João 7:37). Jesus é a água que produz vida naqueles que são purificados por Ele, ou seja, naqueles que crêem.

Nascer do Espírito é o mesmo que nascer de Deus, visto que, Deus é Espírito e aqueles que d'Ele são nascidos recebem um novo espírito e um novo coração. Portanto, “...o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3:6), e os que crêem recebem poder para serem feitos filhos de Deus! 

Há uma ordem específica para se nascer de novo? Sim! Primeiro o homem nasce da água, depois do Espírito! Como?

Primeiro o homem precisa ser lavado pela Palavra de Deus para ser limpo (ser molhado por Deus com água limpa, aspergido). Quanto mais o homem se deixa ser lavado, mais acesso tem aos mistérios de Deus. 

O homem só nasce do Espírito e tem acesso ao poder de Deus depois que ouve a Palavra da verdade, conforme Paulo escreveu a Tito: “... Ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração (àgua) e da renovação pelo Espírito Santo (Espírito)” (Tito 3:5). 

Os que de Deus são nascidos, são renovados pelo Espírito Eterno, recebendo um coração de carne em lugar do coração de pedra e um novo espírito (Salmo 51:10). 

Se você ainda não experimentou deste novo nascimento, este é o teu dia, este é o teu momento. Se humilhe agora diante de Jesus, reconheça os seus pecados, se arrependa e procure uma Igreja Evangélica para confirmar sua decisão e para aprender com mais profundidade o plano de salvação para sua vida. 

Conclusão...
Vou encerrar fazendo uma conexão crucial entre o novo nascimento pelo Espírito e ter vida eterna pela fé em Jesus. O que vimos até agora é que o que acontece no novo nascimento é obra sobrenatural do Espírito Santo que traz vida espiritual onde ela não existia. Jesus disse novamente em João 6.63: "o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita".

Mas o evangelho de João esclarece outra coisa também: Jesus é a vida que o Espírito Santo concede. Ou podemos dizer: a vida espiritual que Ele dá, Ele só dá em conexão com Jesus. União com Jesus é onde experimentamos o sobrenatural, a vida espiritual. Jesus disse em João 14.6: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". Em João 6:35, disse:"Eu sou o pão da vida". E em 20.31, João diz: "estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome". 

Não há vida à parte de Jesus
Então, não há vida espiritual (vida eternal) longe de Jesus e da fé em Jesus. Nós teríamos muito mais a dizer sobre a relação entre o novo nascimento e a fé em Jesus. Mas deixe-me colocar assim por enquanto: no novo nascimento, o Espírito Santo une-nos a Cristo numa união vivificadora. Cristo é vida. Cristo é a vinha onde brota vida. Nós somos os ramos (João 15.1 e seguintes). O que acontece no novo nascimento é a criação sobrenatural de nova vida espiritual, e ela é criada pela união em Cristo Jesus. O Santo Espírito nos traz uma conexão vital com Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida. Essa é a realidade objetiva do que acontece no novo nascimento. 

E do nosso lado, o modo que experimentamos isso, é que a fé em Jesus é despertada em nossos corações. Vida espiritual e fé em Jesus vêm a existir simultaneamente. A nova vida faz a fé possível e uma vez que vida espiritual sempre desperta a fé e se expressa na fé, não há vida sem fé em Jesus. Portanto, nós devemos nunca separar o novo nascimento da fé em Jesus. Do lado de Deus, nós somos unidos a Cristo no novo nascimento. É isso que o Espírito Santo faz. Do nosso lado, nós experimentamos essa união pela fé em Jesus. 

Nunca separe o novo nascimento da fé em Jesus
Veja como João coloca essas coisas juntas em 1 João 5:4: “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. Nascido de Deus – a chave da vitória. Fé – a chave da vitória. Porque fé é a maneira que experimentamos o nascer de Deus. 

Veja agora como João diz isso em 1 João 5:11-12: “e o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”. Portanto, quando Jesus diz, “o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita”(João 6:63), e quando diz “você precisa nascer do Espírito” para ter vida, ele quer dizer: No novo nascimento, o Espírito Santo nos dá sobrenaturalmente nova vida espiritual ao nos conectar com Jesus Cristo pela fé. Porque Jesus é vida. 

Então, nunca separe essas duas afirmações de Jesus em João 3: “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (v.3) e “quem crê no Filho tem a vida eterna” (v.36).

Arautos do Rei, suavidade e unção

Apesar de tanta coisa ruim que prolifera feito erva daninha no segmento musical evangélico, ainda é possível encontrar muita coisa boa. Mas há que se fazer uma verdadeira garimpagem e assim ainda nos é possível descobrir verdadeiros tesouros, obras excelentes com qualidade técnica, letras coerentemente bíblicas em sua essência e com muita unção. É o caso do quarteto vocal Arautos do Rei.

O Arautos do Rei é um quarteto musical masculino cristão de origem estadunidense com foco em música sacra. Foi um dos precursores do estilo musical "à capela". Foi formado no ano de 1927 sob o nome de The King's Heralds nos Estados Unidos. Eles são reconhecidos por sua participação musical no programa A Voz da Profecia - um dos mais famosos e duradouros programas rádio-televisivos dos EUA e do mundo, em atividade há mais de 50 anos. O quarteto pertence ao ministério da música da Igreja Adventista do Sétimo dia. Apesar de sua ligação com o adventismo, as letras do quarteto não faz nenhum tipo de "militância doutrinária" à denominação. Suas letras são essencialmente bíblicas.

A Voz da Profecia é um ministério de pregação que existe há mais de 60 anos no Brasil. É o primeiro programa de rádio evangélico veiculado no país. O quarteto Arautos do Rei, que faz parte deste ministério, acompanha o programa desde o ano de 1963, servindo como instrumento para levar as verdades da Bíblia através da boa música evangélica. Fizeram parte dos Arautos do Rei 35 cantores e 15 pianistas, compondo 21 formações. Todas elas cumpriram sua missão de pregar o evangelho em bom som e coerência com a Palavra de Deus. 

A Voz da Profecia surgiu do sentimento único de pregar as boas novas de salvação em Cristo Jesus. Seus fundadores acreditavam que somente a Bíblia poderia trazer luz, fé e esperança aos corações neste mundo de trevas, incerteza e medo. 

A história da Voz da Profecia começa em 1929 e se funde com o nascimento do quarteto, por isso não dá para desassociá-los. Naquele ano o pastor H.M.S. Richards transmitiu uma série de temas bíblicos na então rádio KNX, em Los Angeles, Califórnia. Na ocasião, os amigos de Richards o repreenderam dizendo que usar o rádio para a pregação era um engano de Satanás. Apesar das críticas ele prosseguir seu trabalho com grandes resultados. Em 1937, a série bíblica passou a ser apresentada em uma rede de rádio e transmitida em vários estados americanos. Foi então que o programa passou a chamar-se “A Voz da Profecia”. 

No Brasil
Em 1943, o pastor Roberto Mendes Rabelo foi escolhido para ser o orador oficial da Voz da Profecia para a língua portuguesa. Foram gravados 52 programas, em Glendale, Califórnia e coleções de discos foram prensadas e enviadas para o Brasil. Então no dia 23 de setembro daquele mesmo ano dezessete emissoras de rádio das principais cidades brasileiras transmitiram o programa A Voz da Profecia. Assim, foi ao ar, o primeiro programa religioso de âmbito nacional apresentado no Brasil pelo rádio. 

Em 62 foi inaugurada a nova sede da Voz da Profecia no bairro de Botafogo, cidade do Rio de Janeiro, com estúdio próprio. Na mesma ocasião foi formado o quinteto Arautos do Rei que até hoje abrilhantam as mensagens bíblicas com suas músicas inspiradoras. Desde junho de 2005, a Voz da Profecia tem suas instalações na cidade de Jacareí, SP, em virtude da transferência do Sistema Adventista de Comunicação para esta cidade. 

Com a expansão dos meios de comunicação para a pregação do evangelho, hoje são o Sistema Adventista de Comunicação. Integrados a este Sistema estão a Rede Novo Tempo de Rádio, Rede Novo Tempo de TV, o programa Está Escrito e A Voz da Profecia. Hoje os programas da Voz da Profecia podem ser ouvidos no Brasil em mais de 1000 emissoras de rádio. No mundo estamos em mais de 36 países, oferecendo cursos bíblicos em 80 línguas e dialetos através de 144 escolas bíblicas por correspondência. 

Se você não tiver preconceito denominacional e musical, eu te recomendo ouvir o trabalho do Arautos do Rei. São músicas bem tranquilas - se você é do tipo que só gosta das distorções de guitarras e repiques das baterias, ou dos foles das sanfonas e repiques das zabumbas, fique longe, o Arautos não é recomendado a você - , excelentes fundo musicais para momentos de estudos da Palavra, para devocionais, para ouvir bem baixinho enquanto se dirige ou simplesmente para relaxar na presença de Deus.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Andre Valadão é homenageado no Programa Raul Gil

André Valadão consolida a cada seu nome dentre os principais expoentes da música evangélica contemporânea. Dedé - como é carinhosamente chamado pelos mais íntimos - viajou para São Paulo na segunda-feira (7) para gravar uma participação no Programa Raul Gil. O cantor evangélico foi convidado para o quadro “Homenagem ao Artista”, uma das grandes atrações do programa.
Vários artistas do meio gospel e "secular" gravaram depoimentos falando sobre André Valadão. Seus familiares também foram procurados pela produção da atração do SBT e falaram sobre o cantor que também é [um dos inúmeros] pastor da Igreja Batista da Lagoinha, [aqui] em Belo Horizonte (MG).
“Meu Deus! Homenagem no Raul Gil gravamos hoje. Meu coração arde, muito! Que emoção! Inesquecível. Emocionante!”, escreveu André no microblog Twiter. Os calouros do Programa Raul Gil interpretaram alguns de seus sucessos durante esta homenagem.
Recentemente André Valadão esteve no mesmo programa quando  foi surpreendido com a entrega do Disco de Ouro pela venda de mais de 40 mil cópias do CD/DVD “Fortaleza” gravado ao vivo na capital cearense em 2013. O álbum foi o primeiro lançado com o selo da Som Livre, mas é o 12º de sua carreira solo contando com os trabalhos especiais e coletâneas. Nessa ocasião, além de receber o Disco de Ouro o cantor ministrou algumas canções e conversou com o apresentador Raul Gil sobre sua carreira e ministério.

André tem vários discos de ouro e platina, todos entregues durante cultos e eventos na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, onde ele é pastor e realiza os cultos às terças-feiras. Essa foi a primeira vez que ele recebe um certificado de vendas em um programa de TV. E em falar de televisão, vale a pena lembrar que recentemente André Valadão esteve se apresentando em outros programas de grande audiência, um deles foi o programa “Encontro do Fátima Bernardes”, na Globo, e há algumas semanas o cantor evangélico esteve no “Programa do Ratinho”, no SBT.do Raul Gil para receber o Disco de Ouro pelo CD/DVD "Fortaleza", o mais recente de sua carreira. O álbum foi gravado o ano passado na capital cearense reunindo milhares de pessoas. “Fortaleza” foi lançado pela Som Livre. 
O programa com a homenagem ao Valadão filho gravado nesta segunda será transmitido no dia 19 de julho a partir das 14h15 pelo SBT.

Os bois tropeçam, cai a Arca e morre Uzá

Há algum tempo estava "ruminando" esse artigo. Desde de uma polêmica conversa entre um grupo de irmãos sobre o porque (ou "os porques") da morte de Uzá, o servo de Davi que foi fulminado por ter tocada na Arca da Aliança. Afinal, terá sido Deus injusto com o pobre moço, que nada mais fez do que tentar proteger que a Arca da Aliança - o símbolo da presença do Altíssimo - fosse ao chão, por causa de uma negligência do rei Davi? Entendamos essa história desde o início.

Era um dia de grande alegria em Israel. "Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus, com todo o seu empenho; em cânticos, com harpas, com alaúdes, com tamboris, com címbalos e com trombetas" (1 Crônicas 13:8). Depois de mais de 40 anos de desprezo, a arca de Deus estava voltando para ficar novamente no meio do povo de Israel (1 Crônicas 13:1-3; 1 Samuel 4:1-11). Mas, no pique da celebração e festim, os bois que puxavam a arca em seu carro novo tropeçaram. Para evitar que a santa arca caísse no chão, Uzá estendeu a mão e a segurou. Com isso, ele morreu, castigado pela ira do Senhor. O dia de alegria tornou-se em dia de grande tristeza e luto.

O que aconteceu de errado para que se acendesse a ira do Senhor contra este "bom homem" que simplesmente tentava proteger a santidade da arca de Deus?

Primeiro - Um Começo Errado
A busca da arca era, na verdade, a busca da presença de Deus (1 Crônicas 13:6; Êxodo 25:17-22). Isto é a coisa certa a se fazer. Mas, será que existe uma maneira certa de buscar a presença de Deus? Será que existe um jeito certo de louvá-lo?

Vamos analisar como Davi começou errado na sua busca da presença do Senhor:
1. Davi chamou primeiramente as pessoas importantes de Israel. "Consultou Davi os capitães de mil, e os de cem, e todos os príncipes" (1 Crônicas 13:1). As pessoas "importantes" – os ricos, os políticos, e outros de alguma influência entre o povo – frequentemente são as menos interessadas em fazer a vontade do Senhor, pois acham que já têm tudo de que precisam sem o Senhor. Por exemplo, um jovem rico perguntou a Jesus o que era necessário para ele ser salvo. Quando Jesus mandou que ele tomasse uma decisão entre seguir Jesus ou seguir a riqueza, o jovem decidiu ficar com sua posição e seu dinheiro (Lucas 18:18-23). Devemos consultar primeiramente o Senhor – não há ninguém mais importante do que ele. Não quero e nem posso generalizar, pois certamente há muitas pessoas importantes que são sinceras e fieis em seu relacionamento com Deus, mas, essas, infelizmente, são a exceção à regra.

2. Davi queria saber a opinião da congregação do povo. Disse Davi, "Se bem vos parece" e depois, "Se vem isso do Senhor...tornemos a trazer para nós a arca do nosso Deus; porque nos dias de Saul não nos valemos dela" (1 Crônicas 13:2-3). Davi colocou a opinião do povo acima da opinião do Senhor. Na verdade, se a coisa "vem do Senhor", já não é preciso mais saber "se bem vos parece". Uma vez que o Senhor falou sobre a coisa, é a opinião dele que devemos seguir.

3. Davi se agradou com a opinião do povo. "Toda a congregação concordou" "isso pareceu justo aos olhos de todo o povo" (1 Crônicas 13:4). Quando o povo deu seu apoio, Davi não queria saber mais "se vem isso do Senhor". Infelizmente, quando vêem que algo agrada "toda a congregação" ou "todo o povo", muitos líderes esquecem do que agrada ao Senhor! Muitas igrejas de hoje erram da mesma maneira, fazendo de tudo para agradar a congregação, mas nada fazendo para agradar ao Senhor. Em todos estes casos, Davi errou porque ele começou buscando pessoas em vez de buscar o Senhor. Devemos começar sempre com o Senhor. Deus procura pessoas que o adorarão "em espírito e em verdade" (João 4:23-24). Deus revelou esta verdade na sua palavra, a fim de santificar e unir os seus adoradores (João 17:17-21). Então, para buscar o Senhor devemos consultar a palavra dEle, ouvir a opinião dEle, e fazer o que lhE é agradável.

Segundo - Duas Decisões Erradas
"Puseram a arca de Deus num carro novo e a levaram da casa de Abinadabe;  e Uzá e Aiô guiavam o carro" (1 Crônicas 13:7). O zelo de Davi e do povo não faltava. Fizeram todas as preparações para que a arca fosse trazida à Jerusalém em toda a sua glória. Mas, no seu ânimo de "glorificar o Senhor", esqueceram da própria vontade dele! Pois, Deus havia dado instruções explícitas sobre como se deve carregar a sua arca: "Farás também varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro; meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para se levar por meio deles a arca. Os varais ficarão nas argolas e não se tirarão dela" (Êxodo 25:13-15). Era a vontade de Deus que a maneira certa de carregar a arca fosse pelos varais. Quando decidiram colocar a arca num carro novo, desprezaram o mandamento do Senhor.

"Quando chegaram à eira de Quidom, estendeu Uzá a mão à arca para a   segurar, porque os bois tropeçaram" (1 Crônicas 13:9). A arca de Deus era  uma das coisas sagradas que pertenciam ao santuário do tabernáculo. O Senhor proibiu fortemente que alguém além dos consagrados sacerdotes a tocasse ou até olhasse para ela: "Havendo, pois, Arão e os seus filhos...acabado de cobrir o santuário e todos os móveis dele, então, os filhos de Coate virão para levá-lo; mas, nas coisas santas, não tocarão, para que não morram... Arão e seus filhos entrarão e lhes designarão a cada um o seu serviço e a sua carga. Porém, os coatitas não entrarão, nem por um instante, para ver as coisas santas, para que não morram" (Números 4:15-20). Porém, quando os bois tropeçaram, Uzá viu a arca, com toda a sua glória e santidade, caindo para o chão onde seria profanada! Então, a reação natural dele era de estender a mão e segurá-la para proteger a santidade dela. Mas quando ele decidiu tocar na arca, Uzá desprezou o mandamento de Deus.

Estes homens tomaram decisões sem pensar na vontade do Senhor. Davi estava preocupado mais com a aprovação do povo do que com a vontade de Deus. A reação de Uzá mostra que ele estava preocupado mais com a arca (um objeto) do que com a vontade de Deus (um ser divino). Quem busca a Deus tem que estar preparado para tomar decisões baseadas na palavra dele, as quais muitas vezes não vão agradar aos outros (Gálatas 1:10-12). Quem busca a Deus tem que cultivar pelo estudo da sua palavra uma mente renovada, a qual vai agir de acordo com os desejos do Senhor em vez de reagir de acordo com as circunstâncias do momento (Romanos 12:1-2).

A Lição de Autoridade
"Então, a ira do Senhor se acendeu contra Uzá e o feriu, por ter estendido a   mão à arca; e morreu ali perante Deus. Desgostou-se Davi, porque o Senhor   irrompera contra Uzá... Temeu Davi a Deus, naquele dia, e disse: Como trarei a mim a arca de Deus?" (1 Crônicas 13:10-12). O jovem rei estava arrasado. Deus havia tomado a vida de um dos seus servos, e a arca do Senhor ainda jazia no caminho para Jerusalém, sem ter como avançá-la. Se é tão duro buscar a presença de Deus, quem jamais conseguirá? Na morte de Uzá, Davi aprendeu uma forte lição sobre autoridade.

Autoridade é o poder de mandar. Por causa do eterno poder e sabedoria de Deus, a palavra dele é autoridade suprema. O motivo de Davi em buscar a arca era nobre, mas ele violou a autoridade de Deus quando ele mudou a maneira de carregá-la. Davi achou que sua maneira de carregar a arca era tão boa quanto usar os varais. Porém, nem todo o seu poder em Israel como o rei escolhido de Deus concedeu a Davi o direito de mudar a lei do Senhor. Este pecado de Davi criou a situação que levou até a morte do seu servo Uzá. A autoridade de Deus se baseia naquilo que ele nos revela na sua palavra. Ele vai julgar o mundo de acordo com a palavra revelada (João 12:48). Note que não estava escrito na lei que eles não poderiam carregar a arca num carro novo. Isto nem tampouco precisava estar escrito, porque quando Deus revelou a maneira certa de carregá-la, ele já deixou fora todas as outras possibilidades. A autoridade de Deus funciona desta maneira: "As coisas encobertas pertencem ao Senhor...porém as reveladas nos pertencem...para que cumpramos todas as palavras desta lei" (Deuteronômio 29:29). Quem quer agir de acordo com a autoridade de Deus tem que saber o que Deus revelou, e não o que ele não revelou! A palavra revelada de Deus nos habilita para fazermos "toda boa obra" com a autoridade dele (2 Timóteo 3:16-17).

Aplicações Para os Dias Atuais
Hoje em dia, muitas pessoas com ainda menos poder do que Deus concedeu a Davi guardam e ensinam suas próprias maneiras e doutrinas como se fossem iguais às do Senhor. Negando e às vezes contrariando a própria palavra de Deus, muitos líderes religiosos seguem a sua própria autoridade, mudando a lei de Deus para seu próprio benefício, e enganando um povo simples que não tem a prática de buscar a vontade e a autoridade do Senhor nas Escrituras. Mas o erro de Davi e Uzá nos ajuda a ver algumas aplicações práticas:

1.  Líderes erram: Até líderes bons que realmente desejam fazer a vontade do Senhor são capazes de errar. Davi era um homem "segundo o coração de Deus" (Atos 13:22). Todos confiavam na grande visão dele para trazer de volta a arca do Senhor. Mas ele deixou de confirmar na palavra de Deus o que estava fazendo, e seu erro levou até a morte de Uzá. Sabendo que líderes erram ou até enganam, devemos sempre confiar no Senhor e na palavra dele em vez de nas pessoas e nas suas interpretações (1 João 4:1).

2. O que parece certo nem sempre é: Toda a congregação se alegrava e dançava ao lado da arca no carro novo. Mas Uzá morreu por causa da falta de respeito pela palavra do Senhor. Ou ninguém sabia (porque não estudavam a palavra) ou ninguém ousava dizer que era errado levar a arca daquela maneira. Muitos hoje procuram uma igreja onde se sentem bem, onde tudo parece ser paz e alegria no Senhor. Mas se a palavra de Deus não está sendo ensinada e obedecida e ninguém tem a coragem de cobrar os líderes por isso, a situação só vai acabar em tristeza e almas mortas.

3. Devemos respeitar a autoridade de Deus: Davi e Uzá conheceram a palavra de Deus, mas deixavam de segui-la à risco. Assim, num momento de pânico, Uzá reagiu errado e morreu. Muitos seguem a palavra de Deus somente nas coisas "convenientes", e não terão a resposta firme no momento crítico. Mas quem realmente respeita a autoridade de Deus entenderá as palavras do salmista: "Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti" (Salmo 119:11; Colossenses 3:16-17)

Jesus Cristo tem toda autoridade hoje. Ele mesmo disse, "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mateus 28:18-20). Os servos de Deus em Cristo devem "guardar todas as coisas" que ele ensinou. A autoridade de Cristo foi nos revelada no evangelho, pelos profetas e apóstolos dele (Efésios 3:3-5). Por causa da sua autoridade, a palavra de Cristo é o poder de Deus para salvação (Romanos 1:16-17). Se quisermos buscar a presença de Deus para obtermos a salvação, havemos de buscá-lo somente de acordo com a sua palavra. Davi aprendeu a lição dura, e mais tarde levou a arca à Jerusalém sobre os ombros dos levitas, como a palavra do Senhor ordenou (1 Crônicas 15:1-15, 25-28). A morte de Uzá testifica que há uma maneira certa de buscar e de louvar a Deus. Vamos buscar e servir a Deus de acordo com a palavra dele, para que não morramos, mas pela obediência obtenhamos vida eterna (João 5:24). 

Mas, enfim,

Por que Uzá morreu - opinião do Léo
Mas gostaria de lhes fazer uma pergunta. Por acaso você já se achou pensando que Deus foi demasiadamente duro com Uzá? Pois eu sim! E então eu perguntei ao Senhor o porquê da morte de Uzá. Sabe o que aprendi que Uzá não morreu por irreverência como está aparentemente escrito no versículo acima (vr.7) seja irreverência ou imprudência, como está em nossas bíblias. Mas então o que teria matado a Uzá.

Alguns teólogos afirmam que a Arca do Senhor teria ficado fora de seu lugar por cerca de setenta anos. Agora veja. Entendo que quando a arca chegou à casa de Abinadabe, Uzá e Aiô eram crianças e seu pai não se preocupou em orientá-los quanto a importância de se ter em casa a Arca do Senhor. Ao passar dos tempos a Arca do Senhor se tornou mais um móvel dentro da casa e assim as crianças foram crescendo sem dar a devida importância àquilo que merecia muita importância, a presença de Deus. Aquelas crianças se acostumaram com a Arca do Senhor, e para elas era algo comum em sua casa. Eles também passaram a não dar valor a Arca do Senhor. Eles banalizaram a importância da presença da Arca do Senhor. Eles foram imprudentes, ou seja, deixaram de tomar os devidos cuidados com a Arca do Senhor, e quem sabem até tocavam nela todo o momento enquanto brincavam dentro de casa. Eles foram irreverentes, ou seja, deixaram de ter respeito comas coisas sagradas, no contexto a Arca do Senhor.

O que matou Uzá foi algo chamado religiosidade. Foi isso que realmente matou aquele homem, religiosidade, pois só religiosidade pode causar:

*Comodismo;
*Banalização;
*Imprudência;
*Irreverência.

O povo de hoje está se tornando religiosos, e não mais se importam com as coisas fora do lugar, pois se irreverência matasse, muitos morreriam hoje dentro das igrejas, e bem no meio dos cultos, pois hoje se conversa no meio do culto, crianças pintam e bordam durante o culto, se atende celular no meio do culto, namorados trocam carícias na hora do culto, se levanta para ir ao banheiro ou beber água no meio do culto. E assim nossas igrejas seriam uma perfeita funerária aos domingos.

Não! Definitivamente irreverência não mata, mas religiosidade mata.

Conclusão

A Shekinah de Deus, não pode ser levada em uma carroça, e muito menos levada por animais, Deus não tem prazer em ver um povo ignorante. Aprenda que uma coisa, os levitas simbolizam os filhos de Deus, que são pecadores, mas tem o sangue do cordeiro para purificá-los, representa aqueles que não têm herança na terra, mas tem a presença de Deus, representa os humilhados que serão exaltados, representa a elite da terra, a noiva do cordeiro, pois eu sempre digo, e aprenda outra coisa, o Cordeiro Santo não vem buscar a Igreja, e sim a Noiva. Como trarei a mim a Shekinah de Deus? Faça essa pergunta a você todos os dias e não se acostume com as coisas fora do lugar. Não deixe que a religiosidade venha contaminá-lo.

 Hoje muitos líderes estão na condição de Uzá, agindo como filisteus, fazendo as coisas como os filisteus. Eles não se importam com nada, desde que estejam em destaque, não pregam a verdade desde que os membros dizimem e ofertem nos cultos. Tomemos, pois, cuidado para não sucumbirmos na "síndrome de Uzá".

Avalon, pop gospel de qualidade

O Avalon é uma banda cristã contemporânea, formada em 1996. O grupo vocal era originalmente composto de Jody McBrayer, Janna Potter, Michael Passons e Cherie Paliotta. A partir de 2002, Paliotta deixou o grupo e Melissa Greene juntou-se ao grupo. Ganharam diversos prêmios como o Dove Music Awards em 1999 com a música do ano, "Testify To Love", um dos hits do grupo. 

O quarteto, lançou em 2008 o álbum: "Another Time, Another Place: Timeless Christian Classics (Outro tempo, Outro Lugar: Clássicos Cristãos Eternos)". "São canções que levaram-nos a querer fazer, o que estamos fazendo hoje" diz Greg Long, um dos integrantes do grupo. O Avalon resgata canções que definiram a música cristã. Com o seu som característico, traz de volta músicas como “Another Time, Another Place”, “For The Sake Of The Call”, “God Is In Control”, “Basics Of Life”, e muitas outras. Este album também marca a estréia do novo integrante do grupo, Jeremi Richardson. O Avalon teve alguns de seus sucessos com versões em português cantados por nomes conhecidos na música gospel nacional, como Pamella, Aline Barros, Marcos Goes, Mariana Valadão, dentre outros.

Atualmente seus integrantes são Jeremi, Greg, Melissa e Janna. O Avalon ajudou à popularizar a música cristã, já premiado com dois discos de ouro, vários Dove Awards e mais de 3 milhões de álbuns vendidos. Apesar das muitas mudanças que o Avalon ainda continua forte, atingindo inúmeros fãs com sua música. Recomendadíssimo!
 

SOBRE O SITE