Há alguns anos o Brasil foi surpreendido com um mega apagão de energia elétrica em que cerca de 70 milhões de pessoas em 18 Estados ficaram às escuras, inclusive o vizinho Paraguai. Ficar sem luz produz certa insegurança, um estado de desorientação. Caracteriza catástrofe, caos (Gênesis 1:1,2). Sem luz, a humanidade entraria em colapso total. Observe que energia e luz agem em conjunto. Mesmo para acender uma vela requer energia para riscar o fósforo ou o isqueiro.
"Especialistas" preveem que em 2020 a maioria da população brasileira será de evangélicos (E já estamos em 2014!!!). Veja que disse "especialistas" e não "profetas", portanto, não espiritualize, pelo amor de Deus. Especialistas se baseiam em pesquisas, em censos, em estatísticas. Não são oráculos de Deus. Já vi muito crente se vangloriando com isso, especialmente por causa da representatividade política, da influência em pesquisas e opiniões e, até mesmo, em que os publicitários já se preocupam em saber o que os evangélicos necessitam e como eles são para que a publicidade possa atender a sua demanda no nicho comercial ao qual estão inseridos. Para mim isto tudo é triunfalismo barato, pois não basta sermos mais um número, é preciso ser mais em qualidade de vida ética, de vida efetivamente influente com os princípios morais cristãos, vidas repletas de exemplos de dignidade.
Parece-me que esse tipo de evangelho que só conta a quantidade é como um evangelho "Xing-ling", isto é, parece que é, tem cor e cheiro como se fosse, mas é só aparência. Na verdade é apenas "oriCHinal", como se diz nas lojas de produtos contrabandeados para falar de um produto que veio da China e se parece com o original em sua forma. "Xing Ling" é uma gíria usada no Brasil para designar um produto “genérico” geralmente de origem chinesa. Nem é preciso dizer que a qualidade dessas imitações deixa muito a desejar, isso sem contar nas falhas grosseiras que em alguns casos estão impressas em suas embalagens.
Então, de que adianta sermos em maior quantidade, sem sermos melhores em qualidade de vida? Maior em quantidade, mas nem sempre tendo uma vida cotidiana compatível com os ideais do evangelho? Maior em quantidade, mas nem sempre maior em piedade, amor e respeito ao próximo, ao meio ambiente e social?
O cristão original, o da versão 1.0, tem uma vida positivamente impactante no meio em que vive. Os cristão do primeiro século causaram tanto impacto que, quando iam chegado numa cidade, provocavam assertivas tais como "os que transtornaram (virar de pernas para o ar) o mundo chegaram até nós!". Hoje quando um cristão empresário, executivo, profissional, universitário, celebridade ou operário, qual o impacto que causa no meio em que vive?
O cristão original, o da versão 1.0, tem uma vida positivamente impactante no meio em que vive. Os cristão do primeiro século causaram tanto impacto que, quando iam chegado numa cidade, provocavam assertivas tais como "os que transtornaram (virar de pernas para o ar) o mundo chegaram até nós!". Hoje quando um cristão empresário, executivo, profissional, universitário, celebridade ou operário, qual o impacto que causa no meio em que vive?
Estaria a igreja tão ocupada hoje com seus eventos, calendário de atividades e festividades, eventos a ponto de se esquecer de seu papel diante do mundo? Seria a espiritualidade dos crentes apenas domingueira, sem efetividade prática? Apenas mais um crente bonitinho do domingo à noite?
Será que, à semelhança do apagão que vivemos há anos atrás, o cristianismo de hoje não clareia o mundo caótico de hoje, tão carente da luz da verdade, de esperança e fé, que só o Evangelho pode dar?
Você já parou para pensar qual seria a reação dos vizinhos de sua igreja se ela fechasse hoje as portas ou se mudasse do local em que está? Mais ainda, você já parou para pensar o mesmo se isso acontecesse com você no seu emprego, escola, faculdade ou em sua vizinhança. Qual a diferença que fazemos entre aqueles com quem convivemos? Que tipo de impacto causamos?
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