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sábado, 21 de dezembro de 2013

Novo casamento, é sinônimo de restauração?

Quando postei o artigo sobre divórcio prometi postar um artigo sobre novo casamento. Sim, pois em via de regra, todo o que se divorcia - principalmente se for jovem, sob as mais diversas "justificativas" - pensa e/ou planeja se casar de novo. Seria como "tentar a sorte novamente". Mas, convenhamos, casamento não é uma loteria para que se tente a sorte. Enfatizo que abordarei o tema sobre o viés cristão. Todas as bases de minhas afirmações têm como mote as Escrituras Sagradas e seus conceitos. Não tenho a pretensão de agradar (e/ou desagradar) a quem quer que seja. Se eu conseguir te fazer pensar sobre o assunto e formar uma opinião já sentirei ter cumprido meu papel. É claro, o assunto do divórcio e do novo casamento é controverso. Com a verdade sendo encoberta pelos argumentos, réplicas e incerteza, muitos se desesperam de serem capazes de determinar com precisão a vontade de Deus neste caso. Nestes tempos emocionais e cheios de dissensões, é indispensável que nos lembremos dos princípios básicos e simples que governam nosso relacionamento com Deus. Nossas conclusões dependerão muito do estado do espírito com o qual abordamos este artigo. Por favor, seja paciente enquanto consideramos estes princípios decisivos e fundamentais.

Se eu quisesse ser simplista eu diria apenas que o casamento cristão é para ser eterno. Isso mesmo: ETERNO! Sei que muitos hão de rechaçar essa minha afirmação, mas cada um que pense como quiser, entretanto nossos conceitos pessoais não sobrepujam absolutez das Escrituras e o entendimento único da Palavra sobre o casamento é que ele deve ser eterno. Biblicamente ninguém, seja cristão ou não, pode casar-se novamente, pois uma vez casado tornou-se uma só carne com seu cônjuge. Esta prática do casa-separa é carnal, basta fazer uma análise da verdadeira farra que é feita no mundo das celebridades onde, dadas as devidas exceções, todo mundo é de mundo e ninguém é de ninguém. Estou ciente das horrendas estatísticas em nosso próprio país, assim como em outros países ocidentais, a respeito do número de casamentos que terminam em divórcio, e do número de pessoas que estão no segundo e terceiro casamentos. 

A frieza dos números

Na última década, só no Estado de Minas Gerais, o número de mulheres divorciadas que encararam nova união civil cresceu 147,2%. Já entre os homens, o aumento foi de 89,2%. Dos casamentos registrados em 2002 em Minas Gerais, 3,6% eram com mulheres divorciadas e 6,5%, com homens descasados. Já em 2012, os índices passaram para 8,9% e 12,3%, respectivamente. Além do crescimento do recasamento, a pesquisa Estatísticas de Registro Civil, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mostrou que os casais têm ficado menos tempo juntos. A quantidade de divórcios realizados após cinco anos de casamento aumentou 48,8% em Minas no ano passado. Na avaliação do instituto, a facilidade para divorciar na Justiça atualmente possibilitou novas uniões legais. Esta pesquisa expressa o quão efêmeros têm sido os relacionamentos e o quanto o conceito sobre o casamento tem perdido sua verdadeira essência. 
Fonte: Estado de Minas

A clareza das Escrituras

Parece que a forma mais eficiente de iniciar esta questão é simplesmente dar uma lista de razões, baseadas em textos bíblicos, com motivos para eu crer que o Novo Testamento proíbe todos os novos casamentos, exceto quando o cônjuge faleceu. Vejamos.
1) Lucas 16.18 nos diz que todo novo casamento após o divórcio é adultério. Lá está escrito que qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também.
2) Marcos 10.11-12 chama todo novo casamento após o divórcio de adultério, seja o marido ou a esposa quem se divorcia.
3) Marcos 10.2-9 e Mateus 19.3-8 ensinam que Jesus rejeitou a justificativa dos fariseus para divórcio em Deuteronômio 24.1 e reafirma o propósito de Deus na Criação, de que nenhum ser humano separe o que Deus uniu: ou seja, o casamento cristão É ETERNO!
4) Mateus 5.32 não ensina que o novo casamento é lícito em alguns casos. Pelo contrário, reafirma que casamento pós-divórcio é adultério, mesmo para aqueles que se divorciaram inocentemente, e que um homem que se divorcia de sua esposa é culpado de adultério do segundo casamento dela, a não ser que ela já tenha se tornado adúltera antes do divórcio.
5) 1 Coríntios 7.10-11 ensina que o divórcio é errado, porém se é inevitável, a pessoa que se divorcia não deve casar-se novamente.
6) 1 Coríntios 7.39 e Romanos 7.1-3 ensinam que o novo casamento é lícito somente depois da morte do cônjuge.
7) Mateus 19.10-12 ensina que uma graça cristã especial é dada por Deus a discípulos que se sustentam na vida de solteiro, quando renunciam casar-se novamente de acordo com a lei de Cristo.
8) 1 Coríntios 7.15 não quer dizer que, quando um cristão é abandonado por um cônjuge incrédulo, ele está livre para casar-se novamente. Significa que o cristão não está obrigado a lutar a fim de preservar a união. Separação é permissível se o parceiro incrédulo insiste nisso.
9) 1 Coríntios 7.27-28 não ensina o direito das pessoas divorciadas a casarem-se novamente. Ensina que virgens noivos devem seriamente considerar a vida de solteiro, mas que eles não pecam se se casarem.
10) A cláusula de exceção de Mateus 19.9 não precisa implicar que o divórcio em caso de adultério libera uma pessoa a casar-se novamente. Todo o peso das evidências dadas pelo Novo Testamento nos nove pontos anteriores é contra esta visão, e existem várias formas de fazer um bom julgamento deste verso, de forma que ele não entre em conflito com o ensinamento geral do Novo Testamento de que um novo casamento após o divórcio está proibido.

Enfim, vamos à dureza dos fatos

No Novo Testamento, a questão sobre o novo casamento pós-divórcio não é determinada por:
1. A culpa ou inocência de qualquer cônjuge;
2. Nem se qualquer cônjuge é crente ou não;
3. Nem pelo caso do divórcio ter acontecido antes ou depois da conversão de qualquer dos cônjuges;
4. Nem pela facilidade ou dificuldade de viver como solteiro pelo resto da vida na Terra;
5. Nem se há adultério ou deserção envolvidos;
6. Nem pela realidade da dureza do coração humano;
7. Nem por permissividade cultural da sociedade em redor;
Pelo contrário, é determinado pelo fato de que:
1. Casamento é um relacionamento de “uma só carne” estabelecido por Deus e de extraordinária significância aos olhos de Deus (Gênesis 2.24; Mateus 19.5; Marcos 10.8);
2.  Somente Deus, não o homem, pode terminar esta relação de “uma só carne” (Mateus 19.6; Marcos 10.9 – isto é porque o novo casamento é chamado de adultério por Jesus: ele assume que o primeiro casamento ainda está valendo, Mateus 5.32; Lucas 16.18; Marcos 10.11);
3. Deus termina o relacionamento de “uma só carne” somente por meio da morte de um dos cônjuges (Romanos 7.1-3; 1 Coríntios 7.39);
4. A graça e o poder de Deus são prometidos e são suficientes para capacitar um cristão divorciado e fiel a ser solteiro por toda sua vida terrena, se necessário (Mateus 19.10-12,26; 1 Coríntios 10.13);
5. Frustrações temporárias e desvantagens são muito mais preferíveis que a desobediência do novo casamento, e produzirá profunda e duradoura alegria tanto nesta vida como na vida porvir.

Tentei resumir ao máximo, mas o assunto é bem extenso. Para você que teve a paciência de ler até o final, espero que tenha entendido que não exponho nenhuma opinião pessoal, mas busquei base no que diz a Palavra de Deus. Você tem o todo o direito de discordar de tudo o que foi exposto acima, mas para levantar qualquer questionamento, por gentileza, apresente bases sólidas extraídas preferencialmente da mesma Fonte onde extrai as minhas. Soli Deo gloria!

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