O Brasil não pode copiar o modelo de inclusão racial no ensino
superior dos Estados Unidos porque os contextos desses países são muito
diferentes. A opinião é de Meldon Hollis, diretor da Iniciativa da Casa Branca
para Universidades e Faculdades Historicamente Negras.
Nos EUA, os negros criaram suas
próprias instituições de ensino porque não podiam frequentar as escolas dos
brancos. Hoje há 110 escolas para negros. Depois, vieram as cotas para incluir
aqueles que eram uma minoria (10% da população).
No Brasil, não faz sentido
incentivar a criação, agora, de escolas negras. E as cotas podem ser
insuficientes, porque os negros são, aqui, metade da população. Essa é a
opinião de Meldon Hollis, diretor da Iniciativa da Casa Branca para
Universidades e Faculdades Historicamente Negras, em visita ao Brasil para
participar do festival Flink Sampa Afroétnica, da Faculdade Zumbi dos Palmares,
no Dia Nacional da Consciência Negra, feriado em alguns municípios.
Fonte: Folha de SP
Opinião do Léo
Para mim ambas as idéias – tanto a das instituições específicas quanto as cotas para negros em faculdades e universidades – são questionáveis. O ministro do Supremo, Joaquim Barbosa é a prova de que basta perseverança, força de vontade, objetivos e metas para se ter sucesso na vida. A história de vida dele – negro de origem pobre – lança por terra a falácia de que a cor da pele e a condição social interferem negativa ou positivamente no progresso intelectual do indivíduo. Tomara que o Brasil não venha inventar de copiar os EUA, pois a realidade cultural e histórica dos 2 países são essencialmente distintas especificamente no que tange ao contexto étnico.
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