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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Imagem e semelhança do que?


Você já ouviu falar sobre Modificação Corporal? A onda de modificação corporal veio da Europa e dos EUA (onde é chamado de body modification) e é praticada por quem já não se contenta em pintar a pele e aplicar piercings nos lugares tradicionais. Para os adeptos desse conceito, cultura, filosofia ou seja lá o que for, uma simples tatuagem é considerada como algo "careta". As pessoas que mergulham nessa onda não conhecem o limite para o bizarro, o insano. Seria muito simplório dizer que é "obra do diabo". Não faço o tipo que demoniza tudo. Vejamos um pouco sobre a história da modificação cultural. 

Contexto cultural


Os padrões estéticos são diferentes para diversos povos e épocas, muitas vezes o que consideramos algo bizarro e feio, para alguns povos é algo com significado especial e busca pela beleza. Na África diversos tribos possuem algumas práticas e costumes bizarros. A Tribo Mursi na Etiópia costuma cortar o lábio inferior para introduzir um prato até que o lábio chegue a uma extensão máxima, costuma por também, no lóbulo da orelha. Ao passar dos anos, vão mudando o tamanho da placa para uma maior até que a deformação atinja um tamanho exagerado.Apesar de considerarmos uma prática bizarra, para eles é símbolo de beleza. 

As mulheres da tribo Ndebele em Lesedi na África usam pesadas argolas de metal no pescoço, pernas e braços, depois que casam.Dizem que é para não fugirem de seus maridos e nem olharem para o lado. Esse hábito também pertence as mulheres da tribo Padaung, de Burma no sudoeste da Ásia, conhecidas como “mulheres girafas”. Segundo a tradição da tribo, o pescoço das mulheres é alongado utilizando anéis metálicos e pode alcançar até 30 centímetros.Esses anéis são substituídos até atingirem a fase adulta. Para o povo Padaung o pesçoço é o centro da alma, é a identidade da tribo, por isso protegem muito bem com os anéis de metal, que também são colocados nos pulsos e tornozelos. Esses aros um dia já foram feitos usando ouro, hoje são de latão e cobre, chegando a pesar até 12 quilos com 8.5 milímetros de diâmetro que começam a serem colocados aos 5 anos.Ao contrário do que alguns imaginam, essas mulheres não morrem se os anéis forem retirados (elas fazem isso para se lavar), pois não é o pescoço que cresce e sim a clavícula que desce. Após dez anos de uso contínuo, elas sentem como se as argolas fizessem parte de seu corpo. 

Em algumas tribos africanas, as escarificações  (scarification), marcas feitas com cortes na pele, registram fases importantes na vida de uma mulher.Os cortes são feitos na pele e quando cicatrizam parecem uma renda.Como elas não usam roupas, as cicatrizes tem função estética e servem para deixá-las mais bonitas. Em algumas regiões da Nigéria, as marcas começam a serem feitas cedo apartir dos  5 anos de idade, em partes específicas do corpo, obedecendo uma sequência.As jovens só são consideradas adultas e aptas para o casamento quando toda a sequência de desenhos estiverem completas. 
Dentro desse contexto, a prática da modificação corporal absolutamente nada tem a ver com o diabo. Por exemplo, se uma dessas "mulheres girafas" se converterem ao Evangelho, teria de tirar as argolas que carregam no pescoço?

Contexto conceitual

Aplicar chifres de silicone na testa, cortar o lóbulo da orelha e alargá-lo até que ele sirva de porta-latinha, dividir a língua ao meio, voar suspenso por ganchos de aço na pele, implantar esferas no pênis, dilatar mamilos, operar o lábio e as maçãs do rosto para ganhar feições felinas. São algumas das alternativas para os "primitivos modernos", esses jovens urbanos que modelam o corpo evocando incisões que egípcios, maias, polinésios, africanos e indianos faziam e fazem há milênios. Os adeptos do conceito também têm de enfrentar enorme preconceito (rejeição mesmo) social.

Entretanto, qualquer técnica que inclua incisão e implante pode gerar um inquérito por exercício ilegal da medicina. Usar bisturi e espátula e embutir coisas sob a pele é coisa para médicos", opina Ronaldo Sampaio, conhecido como Snoopy e como o vice-presidente do Sindicato de Estúdios de Tatuagem e Body Piercing do Estado de São Paulo. A entidade defende a aprovação pelo Congresso do projeto de lei 2104/07, que tenta regulamentar a profissão, sem incluir as modificações. Mas outro projeto já foi aprovado pela Câmara Federal, obrigando supervisão médica em toda a atividade. A posição do sindicato é controversa, principalmente dentro desse universo. "Cada um tem seu método. Eu estou trazendo para o Brasil técnicas que foram desenvolvidas lá fora. Não pode haver só a técnica oficial do sindicato", argumenta André Fernandes, que dá palestras pela América do Sul acompanhado de um colega argentino e outro chileno.

Entre os ensinamentos dos simpósios de André estão temas como scalpelling (cortar com escalpelo), branding (tatuar queimando com metal quente) e skar (desenhar cicatrizes). Recentemente um festival reuniu em São Paulo os adeptos da modificação corporal. Um deles era Thiago Costa Barros, 22, técnico em enfermagem e estudante de veterinária. Na testa, ele tem dois cornos ("Os animais tem como proteção. E eu me identifico mais com eles que com os humanos", disse.). Nos braços, vários implantes que dão relevo as suas tatuagens ("Não é só pela estética. Eu me sinto melhor, me completa".). A língua foi bifurcada ("Queria um semblante mais maléfico, sempre fui ligado a coisas mórbidas".). No pênis, colocou cinco esferas ("Fiz quando estava solteiro e promíscuo. Dizem que aumenta o prazer da mulher em 40%. Minha namorada gosta".). Nos planos, extirpar os mamilos ("Fica bonito. Só não fiz porque só um venezuelano faz isso e estou esperando ele vir ao Brasil."). 

Nos casos acima o contexto é completamente diverso do cultural. Baseando-nos nas motivações, podemos fazer uma associação espiritual que pode ter vindo de qualquer um, menos de Deus. A Bíblia diz que nosso corpo é o templo do Espírito 1 Coríntios 3.16; 6:19, 2 Coríntios 6:16 e, é de minha responsabilidade, portanto, cuidar desse templo, tanto interno (principalmente), quanto externamente. Lembrando que o externo, dadas as devidas proporções, expressa o que preenche o interno.
Thiago Costa Barros, 22

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