A Insustentável Leveza do Ser (The Unbearable Ligthness Of Being, em inglês e no
original em tcheco, Nesnesitelná lehkost bytí) foi publicado
em 1984 por Milan Kundera. Sou suspeito para falar, pois é um de meus títulos
literários preferido. Uma obra fantástica e nada fácil de se ler por seu viés
intensamente filosófico. A obra foi adaptada para o cinema pelo diretor Philip Kaufman sob o nome de The Unbearable Lightness of
Being (ao filme, eu não recomendo).
A narrativa se da em Praga, Zurique, em 1968, e atravessa algumas décadas. Narra os amores e os
desamores de quatro pessoas: Tomás, Teresa, Sabina e Franz. É permeada pela
invasão russa à Tchecoslováquia e pelo clima de tensão política que pairava em
Praga naqueles dias. Para melhor compreensão do livro de Milan Kundera, é interessante
abordar temas como a "Primavera de
Praga". O livro aborda alguns
relatos históricos, inserindo a narração num contexto real. Isto torna o livro
ainda mais interessante, pois pode ser visto parte como realidade, parte como
romance. No livro, o Amor se torna presente em quase todos os momentos, o que
não quer dizer que consista em um "mar de rosas". Muito do que se
aborda no livro são conflitos do amor-ideal e "amor-real". Detalhes
do cotidiano da época e costumes do povo Tchecoeslovaco (na época, República
Theca e Eslováquia eram unidas em um só país) são muito bem descritos. Uma
forma de leitura onde o lado psicológico predomina sobre o momento real.
[Fonte: Wikipédia]
Opinião do Léo
O peso da vida, para Kundera, está em toda forma de opressão.
O romance nos mostra como, na vida, tudo aquilo que escolhemos e apreciamos
pela leveza acaba bem cedo se revelando de um peso insustentável. Apenas,
talvez, a vivacidade e a mobilidade da inteligência escapam à condenação - as
qualidades de que se compõe o romance e que pertencem a um universo que não é
mais aquele do viver. O livro, de 1982 (publicado em 1984), tem quatro
protagonistas: Tereza e Tomas, Sabina e Franz. Por força de suas escolhas ou
por interferência do acaso, cada um deles experimenta, à sua maneira, o peso
insustentável que baliza a vida, esse permanente exercício de reconhecer a opressão
e de tentar amenizá-la. Este é um dos poucos livros que nos revela através
de um existencialismo filosófico, dotado de humanismo, a delicadeza da vida. O
leitor comovido, percebe as delícias da vida e sua beleza. Por muito tempo se
lembrará dos personagens e, com certa gratidão, perceberá que os infortúnios e
o desconforto completa e é peculiar a vida. E sem muito esforço, aprenderá amar
a vida e o viver, compreenderá o grande peso das escolhas, conhecerá a leveza e
os simples prazeres sensoriais. Recomendadíssimo!
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