Da rotina de luxo, das rodas de amigos poderosos, dos restaurantes de alta gastronomia direto para a vida de solidão e sem qualquer vestígio de requinte. Nas próximas semanas, com o ingresso para o sistema prisional de Minas, os condenados mineiros no mensalão terão o maior choque de realidade pelo qual já passaram. Marcos Valério, por exemplo, irá que se adaptar a uma cela de dimensões equivalentes à guarita do porteiro de sua mansão na região da Pampulha, na capital.
Do sete que já cumprem pena, seis estão no regime fechado, exceto o ex-deputado Romeu Queiroz. Nas unidades, eles encontrarão muitas restrições, já que a maioria está superlotada. A penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, por exemplo, provável destino dos homens, tem capacidade para 1.664 presos, mas abriga 1.900.
Mesmo depois de condenados e com os bens bloqueados, Valério, operador do mensalão, seus ex-sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, sua ex-funcionária Simone Vasconcelos, o ex-diretor do Banco Rural José Roberto Salgado, além da ex-presidente do banco Kátia Rabello, levavam uma vida de regalias até o último dia 15, quando se tiveram que se entregar à Polícia Federal. Em Brasília desde o dia 17, seus advogados tentam, junto à Vara de Execuções Penais do DF, a transferência para o sistema penitenciário de Minas Gerais. Na prisão, com uniforme vermelho, a programação do regime fechado será a mesma. Independentemente da unidade, a maior parte do dia será dentro da cela, onde farão todas as refeições. Eles têm direito a duas horas de banho de sol por dia, se apresentarem bom comportamento.
Será preciso se adaptar ao cardápio do sistema. No café da manhã, um pão com manteiga e um copo de café com leite. No almoço, uma marmita com arroz, feijão, um bife, uma guarnição, salada e uma fruta. No jantar, o menu é o mesmo.Valério, que morava em uma luxuosa fazenda, em Caetanópolis, região Central do Estado, assim como os demais, viverão numa cela de 6 m², com um banheiro com chuveiro, uma pia e uma cama de alvenaria. Cada um poderá ter companhia, já que a maior parte das unidades tem mais acautelados do que vagas. A mudança também será drástica para os demais que, até serem presos, moravam em apartamentos de luxo na Zona Sul da capital. O grupo era frequentemente visto circulando em carrões importados, como os que chegaram à sede da PF em BH. O advogados dos condenados mineiros também tentam trazer seus clientes para cumprir pena nas Apacs de Nova Lima ou Santa Luzia, que têm tratamento mais humanizado.
Fonte: O Tempo
“Demorô!” – Opinião do Léo
Bem feito! Acredito que todos os brasileiros honestos estão transbordando de alegria, de realização mesmo, pela prisão dessa quadrilha de ladrões de terno e gravata. O tanto que esses ilustres larápios devem ter debochado do povo brasileiro em suas festanças de elite, em suas comemorações solenes, em suas orgias com prostitutas de classe regadas a bebidas (e outras cositas mas) importadas, tudo pago com o nosso dinheiro que eles roubavam na cara dura. Ambientes onde se gritasse “pega ladrão”, não ficaria um, meu irmão (Salve, Bezerra da Silva!). Agora terão que amargar a realidade dos presídios e compartilhar da companhia de outros marginais, que podem até não ter a mesma estirpe, o mesmo pedigree, mas têm a mesma essência podre e fétida. Os cidadãos de bem desse país têm muito a agradecer ao ministro do STF Joaquim Barbosa, que com senso de justiça e braço forte, mostrou a essa corja que ainda existe sim justiça cega e com balança aferida e equilibrada
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