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sábado, 30 de novembro de 2013

Aids, uma triste realidade

Amanhã, 1°. de dezembro, é o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Infelizmente não há muito que se comemorar. O avanço no controle da doença traça um panorama paradoxal. Se por um lado foi bom, pois os soropositivos têm uma melhor qualidade de vida, por outro não é nada bom quando vemos que ainda falta muita informação e sobra muita negligência por parte de indivíduos que fazem parte da população de risco. 

Após todo o alvoroço com a descoberta do vírus HIV na década de 1980, quando o preconceito e a desinformação provocaram perdas - dentre anônimos e personalidades artísticas - quase que inumeráveis em todo o mundo, nas décadas seguintes a ciência não poupou esforços na tentativa de descoberta da cura da AIDS. Entretanto, há que salientar: a AIDS ainda é uma doença incurável. Com o advento da doença nos anos 80, surgiu uma geração de temerosos e, consequentemente, mais cuidadosos indivíduos. O uso da camisinha tornou-se então mais popular e comum. Mas foi só passar o susto e logo veio uma nova geração que não está lá muito preocupada com a prevenção. "Eu sou de ninguém / Eu sou de todo mundo / E todo mundo me quer bem / Eu sou de ninguém / Eu sou de todo mundo / E todo mundo é meu também...", diz o trecho da canção "Já Sei Namorar", dos Tribalistas. A canção pode ser considerada uma espécie de hino dessa nova geração, pois expressa muito bem o espírito promíscuo que move essa geração. Assim o que se vê? Um número cada vez maior de adolescentes e jovens infectados pelo vírus HIV.


Outra população que faz engrossar o triste ranking é a dos idosos. A chamada "geração Viagra", com a descoberta das drogas que potencializam a sexualidade da turma da terceira idade, "tios", "tias", "vovôs" e "vovós", que já não eram lá muito fãs das camisinhas - "É como chupar balas com papel.", dizem - partem para o abraço sem se preocuparem muito com a prevenção.


Números

Dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo governo estadual mostram queda no número de mortes por AIDS em São Paulo no ano passado. Em 2011, foram 3.006 mortes, com taxa de 7,2 por 100 mil habitantes, e, no ano passado, 2.767 mortes, com taxa de 6,6 por 100 mil. Atualmente na capital 84 mil notificações da doença. Somente em 2012, surgiram 2.202 casos, dos quais 607 em mulheres. Há três casos de homem para um de mulher. Voltou a história da epidemia concentrada em HSH [homens que fazem sexo com homens]. Ou seja, a modalidade homossexual ainda é de alto risco (embora hoje não se fale mais em grupos de risco) e requer investimentos em campanhas de prevenção, principalmente no período que antecede o Carnaval aqui no Brasil. Destaca-se, aliás, a importância do diagnóstico precoce para a diminuição da mortalidade. Especialistas afirmam que quanto mais precoce [o diagnóstico], menos doente a pessoa está e tem mais chance de reverter o quadro de queda da imunidade.


Uma coisa é certa, é necessário que os pais e/ou responsáveis informem, orientem e instruam suas crianças, adolescentes e jovens sobre a prática de uma sexualidade saudável e responsável, esclarecendo sobre os métodos de prevenção. Aqui vemos a necessidade de que todos nos entupamos de informações. Para os crentes, dentro de seu contexto de fé e prática, o sexo monogâmico, praticado após o casamento é o modelo ideal de sexo seguro. Para os "não crentes" o negócio é "plastificar a boneca". Use camisinha em qualquer ato sexual - inclusive o sexo oral - sem medo ser feliz. Prevenção é sinônimo de responsabilidade. 




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